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Novidades em tecnologia. Quem diria, o Data Parafuso
Brincadeira com o desenvolvimento da tecnologia. Depois dos Smart Phones, dos Smart Watches, chegaramos Smart Parafusos. É isto, curiosamente.
A fábrica para montagem de motores GM em Tonawanda, New York, usa parafusos de identificação por rádio frequência – RFID –, monitorando as 50 fases de produção dos novos Small V8, 5ª. Geração. Sem diferença externa, têm, invaginada, pequena etiqueta RFID, com 2 kilobytes de informação, transmitidas por mini antenas, lidas nas estações de montagem do bloco e cabeçotes.
Exigências de qualidade, produtividade, inexistente margem a custos com recall, hoje problema sério para aindústria automobilística, deu caminho à General Motors para auditar o processo, prazo padronizando nos 29 passos de usinagem dos blocos, e 11 dos cabeçotes até juntar peças e fechar o motor.
Os data parafusos são escaneados ao fim de cada um dos processos para confirmar o êxito da operação e dos testes de vedação.
Cada motor é monitorado 50 vezes, permitindo ganhos e padronização de partes, excelência em processos e produtividade, pois qualquer falha é identificada na estação de trabalho e permite ao metalúrgico rastrear parte ou maquina defeituosos, autorizando imediata substituição. No sistema convencional só ao teste final em dinamômetro, por amostragem, pode-se perceber o problema. Aí, considerado o volume, será grande e caro.
Diz-se, não há risco do data parafuso transmitir à NSA, a grande agência de arapongagem dos EUA, dados de uso e circulação do veículo equipado com tal motor. São recolhidos ao final da montagem e reaproveitados. Diz-se. E neste assunto se diz muita coisa.
Roberto Nasser
Advogado especializado em indústria automobilística, atua em Brasília (DF) onde redige há ininterruptos 47 anos a coluna De Carro por Aí (www.portalmotorcar.com.br).
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