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30/05/2014 02h55

Persona

 

  Ser ou não ser fabricante no Brasil, eis a questão...  

 

Diretor de uma das maiores fábricas brasileiras de itens de fixação demonstra o efeito de uma política que sobretaxa a produção  


Ironicamente, o grupo político surgido no chão das fábricas nos anos 80, que hoje está no topo do Poder, é justamente o mesmo que assiste passivamente as vagas nas indústrias metalúrgicas desaparecerem.

Não é uma cena incomum assistirmos fabricantes de parafusos, ou qualquer outro item manufaturado, fechando suas portas ou com máquinas paradas porque a somatória de custos, que nada tem a ver com a cadeia de produção, inviabiliza que se produza no Brasil, restando poucas opções, como importar. Mas isso não ocorre somente na indústria manufatureira.

Exemplificado através da coluna da senadora Kátia Abreu, no jornal Folha de S. Paulo, ela demonstrou em fevereiro último que a política de produção local está na direção contrária do que é melhor para qualquer país. Segundo a autora, quando o grão verde de café é exportado para a China sua taxação alcança 8%. Se exportar o mesmo grão torrado a taxa sobe para 15% e se fizer dele café solúvel aí ele se eleva para inacreditáveis 34%.

Observando os dois exemplos de beneficiamento dos grãos, a insana taxação inviabiliza o “agregar valor”, fechando-se as portas de uma atividade que poderia demandar compras de máquinas e contratação de trabalhadores para os processos de torrefação e moagem. Mudando a conversa para o universo da produção de fixadores, que sofre com as altas taxas para produção, a cada dia ficamos mais obrigados a exercer uma atividade mista de fabricante e importador, e sob a permanente ameaça de ficarmos apenas com a segundo opção, compensando apenas revender, pois, nossa competitividade se afoga no mar tributário, logístico e trabalhista.

Resta-nos, então, aguardar que o governo chinês duplique a renda per capita de sua população, uma de suas metas que “poderá elevar seus custos internos”. Caso não, ficamos aqui na esperança que nossos governantes se atentem para a elevada taxação de produtos acabados a tempo, sob risco de acabarmos, com todo respeito, como “nuestros hermanos argentinos”.  

Ricardo Castelhano

Advogado, é diretor da Jomarca Industrial de Parafusos Ltda. ricardo@jomarca.com.br 

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