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17/05/2013 04h13

 PERSONA

 

    Inovação produtiva a partir da gestão do conhecimento    

 

Hoje em dia a palavra Inovação ganha destaque, mais do que o domínio de seu conceito e de contribuições estratégicas na organização. Inovação representa a transformação de ideias – rapidamente – em soluções socioeconômicas, de conhecimento em faturamento, e sua sistematização contribui para a valorização do capital intelectual da empresa, um patrimônio nada desprezível.

Patentes e talentos representam, juntamente com a sistematização do conhecimento em aplicação ao longo da cadeia produtiva, um forte diferencial agregador de valores. O conhecimento, dentro do conceito de engenharia integrada, pode estar nas condições: estruturado, semi-estruturado e não estruturado, sendo certo que aquele contido em pessoas, não registrado, chega a ser volátil e efêmero, criando situações indesejáveis aos objetivos da empresa.

Para explanar como surgiu esta temática, basta voltar um pouco no tempo. Tivemos nossa iniciação industrial na Segunda Onda, de *Toffler, de natureza *taylorista-fordista, prioritariamente a partir do chão de fábrica, com preocupação no “Fazer-Vender”, o que se mostrou produtivo, pois havia um forte mercado reprimido. Recebemos prontos pacotes tecnológicos obsoletados, com produtos e suas especificações, máquinas, instrumentos de medição, ferramentas e práticas de gestão empíricas, calcadas na autocracia, via de regra. O grande desafio era interpretar, entender, dominar e difundir as práticas em direção a resultados de curto prazo.

Assim sendo, fez-se a travessia dos anos sessenta até a crise do petróleo de 74, com o faturamento nominal dobrando de tamanho ano após ano. Conceitos de gestão de RH, qualidade, marketing, engenharia do produto, produtividade, reengenharia, controladoria, tecnologia e de pesquisa e desenvolvimento foram surgindo, via matriz externa mais do que da universidade brasileira, que não tendo sido acionada na concepção de soluções em produtos, persiste em trilhar em raia própria seu percurso.

Por isso, a sistematização de uma dada tecnologia tem como objetivo permitir sua utilização direta, aos níveis de competências estabelecidos pelo estado da arte. De modo geral, o conhecimento se encontra: disperso, distribuído heterogeneamente entre as diversas áreas de atuação quanto à sua atualidade, qualidade, competência e pertinência; compartimentado junto ao usuário, numa condição de “não disponibilidade”; em língua estrangeira; e sem uma estrutura básica de suporte e sob alto risco de desatualização, o que está a exigir mecanismos de monitoramento, perscrutação, integração e de sistematização de modo a garantir sua aplicação efetiva.

Tomada como um caso significante a desenvolver, a Tecnologia de Fixação por Parafusos de Alta Resistência – TFPAR caracteriza-se por um volume expressivo de informações de caráter estratégico e de cunho operacional, e compõe-se de dois tipos de variáveis: controláveis e não controláveis, o que implica na disciplinada sistematização, visto possuir um corpo de conhecimento próprio. A competitividade sistêmica a ser conquistada nos níveis estrutural, setorial e empresarial depende diretamente do domínio e difusão do conhecimento geral e específico aplicável, sendo este um dos compromissos do Instituto Brasileiro Tecnológico de Fixação (IBTF), em seu esforço de contribuir diretamente com a gestão da inovação neste importante setor.    

*Alvin Toffler: escritor e futurista norte-americano

*Frederick W. Taylor: engenheiro mecânico norte-americano, considerado o pai da Administração Científica.  

 

Alfredo Colenci Junior

Membro fundador do IBTF – Instituto Brasileiro de Tecnologia de Fixação colencijr@yahoo.com.br

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