O sucesso da turnê do U2 foi feito de talento e muitos parafusos
Em abril deste ano, São Paulo recebeu o show do U2. Os irlandeses fizeram três apresentações no Estádio do Morumbi,com uma estrutura até então nunca vista.
Durante muitos anos tanto a banda quanto Willie Williams, responsável pela projeção da turnê, discutiram idéias para criar um palco que tivesse 360°. O primeiro esboço de uma estrutura com quatro braços foi criado em 2006, durante um jantar. Nesta ocasião, Bono Vox juntou garfos empilhados para poder demonstrar sua idéia.
Segundo Williams: “Tudo o que fazemos planejando o show está focado na procura de uma nova e interessante maneira de apresentar as músicas. Você precisa entrar na mente da banda.”
Após conseguirem criar o desenho desejado, a empresa belga Stageco foi a responsável pela montagem do palco, utilizando novos sistemas hidráulicos de alta pressão.
Somente a estrutura de aço - chamada de “a garra” - possui quase 28 metros de altura, sendo o cabo central de aproximadamente 46 metros. Com isso ela é capaz de suportar até 180 toneladas de peso.
Para criar a apresentação visual em cada show são necessários 30 mil cabos e 320 mil parafusos. Já o telão de LED possui mais de um milhão de peças, 500 mil pixels, 1300 m2 quando está aberto e pesa 54 toneladas.
Cada montagem leva quatro dias para ser realizada, sendo 12 horas somente para o telão, palco e equipamentos.
Após a performance da banda, a equipe de produção precisa de 6 horas para desmontar o telão e mais 48 para toda a estrutura de aço utilizada no estádio.
Como são necessários tempo e esforços para cada show do U2, o grupo tem dois palcos idênticos, então enquanto um é desmontado em um local, outro já é levantado no lugar da próxima apresentação. Isso faz com que o custo estimado de cada um deles esteja entre
US$ 25 e US$ 35 milhões.
|