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Editorial
20/06/2011 01h27

 

O cavalo não passa arreado mais de uma vez


Recorrer aos fatos históricos nos faz compreender melhor o que acontece nos dias atuais, seja na Economia, Política ou outros. Eles podem até não se repetir, mas são semelhantes.
Voltemos nossas atenções ao período por volta de 1818, quando ocorreram as núpcias entre a austríaca Maria Leopoldina de Habsburgo e o português Pedro Alcântara de Bragança (D. Pedro I) , que formariam o casal mais importante nos primórdios do Brasil independente. É uma linda história, mas traz consigo uma amostra da aptidão nacional para espetáculos efêmeros, caros, de pouca perenidade e valor zero para a população.
Estes acontecimentos foram marcados, entre outros, por um esbanjamento nos festejos cerimoniais no Brasil e, principalmente, na Europa.
Diz a sabedoria popular que “o otimista e o pessimista são idênticos, porém, o segundo sofre mais”. Outra diz que “a vantagem de ser pessimista é porque alguma coisa sempre dá errado”, o que pode consagrar o autor de indesejadas profecias.
É fundamental se manter otimista, mas é necessário lembrar que o fato de estamos numa maré de sorte, com muitas coisas favoráveis acontecendo no Brasil – Copa do Mundo, Olimpíada, trem bala, etc. –, é indicado ficarmos em alerta e aproveitarmos para fazer coisas grandes, sólidas e duráveis, para quando esta fase (cíclica) se arrefecer.
Não é nenhuma loucura afirmar que não estamos aproveitando adequadamente esta fase em razão de muitos entraves burocráticos, despreparo dos gestores públicos e talvez pelo descuido nosso.
Um exemplo disso foi a ECO-92 (Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o  Desenvolvimento), realizada em 1992, no Rio de Janeiro. Afim de garantir o bom funcionamento e a segurança de todos, houve uma grande mobilização das forças de segurança: Exército, Marinha, Aeronáutica, além das Polícias Militar e Civil. A população estava até gostando, algo que ocorreu com sucesso. Finalizado o evento, as Forças Armadas se recolheram às suas bases e, logo após a partida dos visitantes, restou à população sair da condição de príncipe para sapo.
Hoje, do jeito que algumas coisas estão indo – e de outras que não estão –, poderemos ter os eventos esportivos (Copa e Olimpíada) de uma forma muito similar aos Jogos Pan-Americanos, realizado em 2007, no Rio de Janeiro, finalizado com altas e más explicadas contas, legado infra-estrutural quase zero para a população, além de reformas que viraram poeira, como no estádio Maracanã.
Sobre o trem bala, quero também lembrar que por volta de 1977 assisti pela televisão uma notícia em que o Brasil iria implantar este modal de transporte, e que a previsão para entrar em operação seria a partir de 1985. Ainda adolescente disse: “Nossa, vai demorar muito. Só a partir de 1985?" Pois é...

Boa leitura!
Sérgio Milatias
milatias@revistadoparafuso.com.br

 

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