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Simpósio Fastener Fair Brasil
Paralelamente a feira foi realizado um simpósio que contou com autoridades no campo da fixação, abordando temas desde a matéria prima, produção até aplicação final, passando pelas áreas de revestimentos e ensaios

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“A fundamental participação dos fixadores no aumento da confiabilidade, redução de peso e custos nos veículos e componentes”, de Rubens Cioto – uma das maiores autoridades em fixação mundial –, responsável pelo centro tecnológico da Acument, explicou sobre o uso de parafusos em conjuntos e subconjuntos para motores automotivos e a pensar no parafuso não como peça única, mas como parte de um todo. “Os fixadores são os grandes responsáveis pela diminuição de custos na indústria automotiva, permitindo a redução do peso dos componentes, no consumo de óleo ao diminuir as distorções dos cilindros, eliminação de ruídos originados por peças e componentes em suspensão, freios, bandejas e outros. Ele contribui para uma menor variação de força de união durante a montagem e força da união próxima da mínima necessária. Sua importância é tamanha que eles são responsáveis por mais de 50% dos recalls automotivos, embora represente apenas cerca de 1% do custo total do veículo. Avanços como estes, ao lado da eletrônica embarcada, permitiram que as montadoras de caminhões, por exemplo, altamente amparadas pelo aumento da confiabilidade, pudessem elevar suas garantias de 300 mil para um milhão de milhas, números respectivamente comparados entre os anos 1975 a 2010.”
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“Sistemas de revestimento anticorrosivos para elementos de fixação e controle de coeficiente de atrito”, de Vivian Nagura, gerente OEM da América Latina da Atotech, abordou a importância de adequar o coeficiente de atrito e aumentar a resistência à corrosão em processos que não geram fragilização por hidrogênio . A empresa apresentou um sistema organometálico de base coat preto desenvolvido para melhorar a aparência , resistência a corrosão e resistência química, processo aprovado na Indústria Automotiva (GMW 3359 e TL180). Seguindo a filosofia da Atotech, de sustentabilidade, os produtos da linha organometálico não contém metais pesados e não geram resíduos no processo produtivo além de terem um custo competitivo.
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“Tendências em matérias-primas para fixadores”, de Haylton Aloise e Frederico Gazzola, estrategistas no mercado de fixadores no Brasil da Belgo Bekaert Arames. Os profissionais mostraram a importância do setor de fixadores para a siderurgia através de estatísticas do tamanho do mercado, crescimento ao longo dos últimos 10 anos e perspectivas. Também foi abordada a perda de competitividade da cadeia nacional para produtos importados e o desafio de fortalecer a indústria nacional de fixadores. Outro destaque foram as tendências em matéria-prima para fabricação de fixadores, como tipos de aços.
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“Tendências do tratamento de superfície”, da presidente da Associação Brasileira de Tratamentos de Superfície (ABTS), Wilma Ayako, constituiu em um panorama da América, número de habitantes/consumidores; panorama da construção civil e do crescimento de diversas áreas que irão gerar produção de parafusos; abordou o setor automotivo, já que o Brasil passou a Alemanha em quantidade de carros produzidos, consolidando-se como o terceiro no mundo com maior consumo de automóveis; destacou que 1056 indústrias químicas estão em solos brasileiros; e São Paulo é responsável por 48% das empresas galvânicas brasileiras.
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O coordenador de engenharia de aplicação da Ciser, Valdecir Furtado, palestrou sob o título:“Soluções em fixadores metálicos para estruturas metálicas com controle de tensão de aperto”. Nele, Furtado abordou a evolução na fixação de juntas parafusadas utilizadas em construções metálicas, discussões sobre as variações dos apertos baseados no parâmetro “Torque de Aperto”, as tecnologias adotadas no mundo para controle da tensão de aperto, principalmente àquelas prescritas pela AISC (Instituto Americano de Construções em Aço). Observou também o detalhamento de alguns capítulos da norma brasileira NBR 8800: “Projeto de estruturas de aço e estruturas mistas de aço e concreto em edifícios”, detalhou os quatro métodos de controle de aperto; método de rotação da porca; método chave calibrada e ênfase nos dois principais métodos indicados pela Ciser”, método parafusos com tensão controlada (TENEX) e método Indicador Direto de Tensão (IDTEX).
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“A estratégia de inovação na indústria de fixadores – o uso da nanotecnologia”, do engenheiro mecânico Guido Ganassali, gerente de Pesquisa & Desenvolvimento e Inovação da Ciser, abordou o uso da nanotecnologia, especialidade que permite a manipulação da matéria em escala atômica e molecular na indústria de elementos de fixação. O diretor do Centro Tecnológico da indústria holandesa Nedschroef, Ferdinand Kersten, foi convidado para falar sobre a evolução da indústria automotiva e seu impacto sobre as tecnologias de fixação.
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“Inspeção de fixadores por correntes parasitas”, de Alejandro David Spoerer, ex-presidente e membro da Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção, Abendi, relacionou os fundamentos de ensaiospor correntes parasitas; controle e separação de materiais; a detecção de defeitos superficiais; e detalhou os ensaios não destrutivos (END).
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“Revestimentos anticorrosivos para elementos de fixação em estruturas metálicas de grande porte”, por Mauro Gorrasi, diretor da Dörken do Brasil, que falou da aplicação dos revestimentos de flocos de zinco na indústria Oil & Gas, nos setores energéticos e de construções. Também foi apresentada a trajetória da empresa e sua atuação no mercado.
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‘‘Tecnologia para proteção contra corrosão para fixadores”, do responsável pela área técnica da SurTec do Brasil, Carlos Chaves, explicou sobre as exigências técnicas do setor, detalhou como funciona o sistema operacional de revestimentos eletrodepositados e os processos para cumprir com as normas de sustentabilidade. Mostrou os desafios propostos pelas indústrias para o aprimoramento dos processos e produtos para o tratamento de superfícies, e as soluções técnicas inovadoras apresentadas pelas empresas do setor. Finalizou com uma explanação sobre o conceito de controle dos processos, que será o novo desafio para as empresas que atuam na área de tratamento superficial.
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“Análises de Falhas em Peças e Estudos de Características de Materiais para a Indústria de Fixadores”, dirigido por Airton Luís Morassi, responsável pelo Laboratório de Ensaios Mecânicos do Centro Universitário da FEI/ IPEI, destacou os tipos e as principais falhas em fixadores, como fadiga, hidrogenação e sobrecarga. Outro ponto de análise foi o aspecto metalúrgico e suas propriedades mecânicas – dureza, limite de escoamento e microestruturas.
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Roger Yuji Azeka, Gerente de Produto CRC da Atotech do Brasil abordou tema sobre uma nova geração de passivador para depósitos de zinco eletrolítico.
Com o objetivo de cumprir com as Diretrizes Européias, como a ELV, RoHS e WEEE, a indústria de tratamento de superfície utiliza para camada de conversão sobre depósitos de Zinco, passivadores a base de cromo trivalente. Contudo, alguns desses processos continuam sendo classificados como tóxicos como, por exemplo, os que possuem Cobalto em sua formulação. Por isso, a Atotech foi além das atuais legislações e introduziu no mercado o Novopass® 101, a primeira geração de passivador alternativo e inovador, pois é absolutamente isento de Cromo VI, Cromo III e Cobalto, ou seja, nenhum metal pesado na camada de conversão. Essa é a solução da Atotech para a necessidade sustentável do mercado, na área de pós-tratamento.
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Mark Lenhart, José Gianesi, Paulo Pastorelli, Phil Matten e Sérgio Milatias |
Durante o evento aconteceu uma mesa-redonda, coordenada por Paulo Pastorelli, gerente de marketing da Ciser Parafusos e Porcas, com as participações de Mark Lenhart, vice-presidente da National Fastener Distributors Association (EUA); José Gianesi, presidente do Sindicato das Indústrias de Parafusos - Sinpa, Phil Matten, editor da revista Fastener + Fixing (UK) e Sérgio Milatias, editor da Revista do Parafuso.
Nesta oportunidade foram discutidos tendências na indústria e comércio de fixadores. Dentre eles, novos meios para venda e distribuição de fixadores; e-commerce para fixadores; exemplos dos Estados Unidos sobre vendas por internet; o que o mercado está demandando em termos de serviços agregados ao produto; a diferenciação da inovação e tecnologia no segmento de fixadores como as distribuidoras estão focando a logística na consultoria de produtos para cada cliente; a preocupação das empresas europeias com a segurança de vida do produto/fixador e da origem da matéria-prima, além do impacto das importações.
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