Empresa Edições on-line Fale Conosco
Edição 67
Busca::..
Edição 102
Edição 101
Edição 100
Edição 99
Edição 98
Edição 97
Edição 96
Edição 95
Edição 94
Edição 93
Edição 92
Edição 91
Edição 90
Edição 89
Edição 88
Edição 87
Edição 86
Edição 85
Edição 84
Edição 83
Edição 82
Edição 81
Edição 80
Edição 79
Edição 78
Edição 77
Edição 76
Edição 75
Edição 74
Edição 73
Edição 72
Edição 71
Edição 70
Edição 69
Edição 68
Edição 67
Edição 66
Edição 65
Edição 64
Edição 63
Edição 62
Edição 61
Edição 60
Edição 59
Edição 58
Edição 57
Edição 56
Edição 55
Edição 54
Edição 53
Edição 52
Edição 51
Edição 50
Edição 49
Edição 48
Edição 47
Edição 46
Edição 45
Edição 44
Edição 43
Edição 42
Edição 41
Edição 40
Edição 39
Edição 38
Edição 37
Edição 36
Edição 35
Edição 34
Edição 33
Edição 32
Edição 31
Edição 30
Edição 29
Edição 28
Edição 27
Edição 26
Edição 25
Edição 24
Edição 23
Ediçao 22
Edição 21
Edição 20
Edição 19
Edição 18
Edição 17
Edição 16
Edição 15
Edição 14
Edição 13
Edição 12
Edição 11
Edição 10
Edição 09
Edição 08
Edição 07
Edição 06
Edição 05
Edição 04
Edição 03
Edição 02
Edição 01
empresa
contato
Persona
14/02/2018 08h34

Persona

Quem deve ser servido?

 

A atual grave crise fiscal era previsível há dez anos, se medidas corretivas não fossem tomadas. A falta das reformas estruturais, especialmente a tributária, e o crescimento desordenado dos gastos públicos, levaram à criação, em 2010, do Movimento Brasil Eficiente (MBE). Apesar dos esforços e de algumas conquistas, não foi possível sensibilizar suficientemente os agentes responsáveis pelas mudanças.

Os governos deveriam criar, no período de alto crescimento, reservas através de superávits primários consistentes. . Desperdiçamos o boom das commodities, destinando sobras a aumentos de gastos públicos permanentes. A armadilha fiscal levou à crise, que reduz imprescindíveis investimentos, elimina milhões de empregos e precariza ainda mais os serviços públicos. O governo apropria-se de parcelas crescentes da riqueza gerada pela sociedade, justificando aumentos de impostos por queda de arrecadação (ou crescimento abaixo da expansão das despesas), e pela impossibilidade legal de comprimir gastos obrigatórios. Os eleitores querem a melhoria dos serviços e o fim das regalias com dinheiro público. O economista José Roberto Afonso, da Fundação Getúlio Vargas, mostrou que, em 2016, seis das dez profissões que melhor remuneravam eram ligadas ao serviço público, mas diversas categorias  pedem por aumentos de salários e benefícios. Por outro lado, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria, dois terços dos brasileiros têm dificuldades para pagar suas contas e 30% não conseguem pagar o aluguel e prestação da casa própria. Em janeiro de 2017, o Serasa Experian divulgou que tínhamos 60 milhões de inadimplentes, com dívidas atrasadas de R$ 270 bilhões.

Apesar de diversos equívocos, a Constituição de 1988 previu importantes mecanismos para gereir os gastos, até hoje não regulamentados, como a avaliação dos servidores (art. 41) e a criação do Conselho de Gestão Fiscal (art. 67). São Instrumentos que ajudariam a reordenar o que não faz sentido: serve-se quem deveria estar servindo.

Carlos Rodolfo Schneider
Coordenador do Movimento Brasil Eficiente e Presidente da Ciser
COMPARTILHE
CONTEÚDO DA EDIÇÃO

TAGS:
revistadoparafuso@revistadoparafuso.com