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Entrevista
30/07/2012 10h07

 

  Entrevista

 

Presidente da Cafabyt fala sobre o setor parafuseiro na Argentina

 

  Em visita ao Brasil, José Batista falou sobre o mercado argentino e problemas com importações, onde a situação foi aliviada por ações governamentais para evitar o fechamento de muitos fabricantes

 

 

José Batista é presidente da Cafabyt- Cámara Fabricantes de Bulones, Tornillos, Tuercas y Afines (Câmara de Fabricantes de Parafusos, Porcas e Afins), entidade argentina similar ao Sinpa (Sindicato de Parafusos, Porcas,  Rebites e  Similares no Estado de São Paulo). Técnico em Mecânica e Engenharia    de Materiais, Batista fabrica a parafusos usinados ainda garoto, em um local que popularmente chamamos aqui no Brasil de “fundo de quintal”. Em 1969, fundou a Metalúrgica BM Bulmetal, buscando se consolidar como importante fabricante de elementos de fixação, tanto em standard quanto em tamanhos especiais. 

Sua passagem pelo Brasil (em maio último) se deu por meio de uma visita ao Sinpa durante a maior rodada de negociações entre os dois países vizinhos, em busca de uma adaptação aos acordos comerciais entre as partes, que envolveu cerca de mais de 500 empresários argentinos e 330 brasileiros. Emiliano Batista, seu filho e diretor da Metalúrgica BM, assim como Juan Ferreira, diretor da Resortes Erico - fabricante de molas, estavam entre seus acompanhantes. Essas negociações, segundo Paulo Skaf presidente da Fiesp, visam encontrar opções entre as nações a fim de equilibrar a balança comercial, com meta de ampliar em cerca de US$ 6 bilhões as importações de produtos argentinos em menos de cinco anos. Esses produtos, já importados de outros países, poderão ser comprados agora do nosso vizinho. Saiba mais sobre o mercado argentino de parafusos na entrevista realizada com “nuestro hermano”.

 

Revista do Parafuso (RP) - Quando foi fundada a Cafabyt e qual a sua missão?
José Batista (JB) - Nossa fundação se deu em 27 de Novembro de 1952, portanto completamos 60 anos, e nossa função é representar e tratar dos assuntos de interesse coletivo das indústrias de parafusos, porcas e demais elementos de fixação que se situam em todo o território argentino.

RP - Quantos associados possui?
JB - Temos cerca de 200 empresas de fixadores no país e quase a metade deste número são empresas associadas, sendo que as demais estão diluídas entre outras entidades, como, por exemplo, algumas fornecedoras de montadoras de veículos que se agregam em outra entidade específica.

RP - É seu primeiro mandato na Câmara?
JB - Não, esta é a quarta vez, sendo que este mandato irá até 2013.

RP – Como é a produção local?
JB - Estimo que nossa produção seja um quinto da produção brasileira, por razões óbvias, já que se trata de economia e população bem menores. Mas esses números são variáveis, pois nosso consumo por fixadores para o setor de produção e refi no petrolífero demanda artefatos pesados, enquanto em outras áreas, como na produção de automóveis, eles são mais leves, o que dificulta um dimensionamento em tonelagem.

RP - Porém seu consumo deve ser maior, afinal existe a presença dos importados. Pode nos dar um panorama?
JB – Sim. Os produtos provenientes só da Ásia têm alcançado 50% da comercialização local, sobretudo originário da China, algo que vem ocorrendo crescentemente desde 1990. Isto tem quase acabado com o nosso mercado. Neste caso, as medidas adotadas pelo governo de Cristina Kirchner e administradas pela Ministra de Indústria, Débora Giorgi, conjuntamente ao Secretário de Comércio, Guillermo Moreno, vieram em um momento decisivo, já que administrando as importações impedimos que entrem no País produtos de maneira indiscriminada que acabam destruindo a indústria nacional.

RP - Além da Cafabyt, você preside uma fábrica. Oque ela produz?
JB - Sim, a BM Bulmetal, com sede em Buenos Aires,  produz parafusos, prisioneiros e peças especiais, a frio ea quente, com diâmetros entre 4 e 30 milímetros. Desde1989 deixamos de fornecer para as montadoras e nos dedicamos, desde então, fortemente aos mercados de reposição, agrícola, motocicletas e alguns outros.

RP - Se você estivesse fora deste mercado entraria nele hoje?
JB – No meu caso, não. Mas devemos reconhecer que há uma grande quantidade de empresas pequenas, bem organizadas, com poucos funcionários e mão de obra qualificada que são rápidas, ágeis e que podem fazer a diferença no fornecimento para o mercado local, devido asua capacidade de adaptação às necessidades do cliente.

RP - Quantas são e qual a média de funcionários das grandes empresas deste setor?
JB – São três empresas consideradas grandes que possuem cerca de 300 a 500 funcionários.

RP - As empresas brasileiras têm forte atuação na Argentina?
JB - Nosso mercado compra muitas porcas do Brasil. Parafusos e similares, nem tanto.

RP - Como impacta na produção local as questões tributárias, trabalhistas e outras?JB - É praticamente igual ao Brasil. Para produzir temos impactos muito fortes das questões trabalhistas, os tributos sobre o PIB alcançam 38% e ainda temos 23 feriados por ano.

RP – O senhor gostaria de acrescentar mais alguma informação?    
JB - Não quero finalizar esta entrevista sem antes agradecer ao Alfredo Fuchs, em nome de todos os membros da Cafabyt, e também do ex-presidente e atual secretário, Rubén Checanovski. Ambos foram recebidos com grande gentileza aqui no Brasil, durante uma visita em 1987, e puderam estabelecer um grande laço de amizade entre os representantes dessa indústria para fortalecer o nosso setor.

 


José Batista
mail@adimra.org.ar
presidencia@bmbulmetal.com.ar

 

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