A indústria brasileira teve no ano passado o maior crescimento desde 2004. Fazer parte desse acirrado mercado requer atualização, arrojo e uma visão no futuro. Tudo isso com uma consciência nítida de quem dá as cartas do jogo: o cliente.
Ver a expansão do mercado pode significar para alguns uma ótima oportunidade de crescimento. Já para outros, é um angustiante processo de paralisação. Nestas horas só resta avaliar quem a empresa é, onde quer chegar e quem deseja atender. Depois, é só arregaçar as mangas e fazer as mudanças necessárias para seguir adiante.
Algumas delas já estão nesse caminho, como é o caso da empresa que atua nas áreas de tratamento térmico e superficial, Mult-Têmpera, que desde 2007 investe na sua modernização. Ela adquiriu mais uma linha automática de organometálico, que produzirá cerca de 500 a 650 toneladas mês. A produção é totalmente automatizada, e com diversos diferenciais em relação à concorrência, como o sistema de controle de estufa e aquecimento.
A Mult-Têmpera construiu ainda mais uma unidade, com mais 3 mil m², onde ficará o setor de tratamento superficial. A unidade antiga abrigará o setor de tratamento térmico. Fora isso, a companhia adquiriu um novo forno de têmpera e revenimento, para produção de 300 a 400 toneladas/mês. A perspectiva para o início das atividades é entre os meses de agosto e setembro deste ano. Com todos estes investimentos, a Mult-Tempera espera sair de uma produção mensal de 600 toneladas para chegar até meados de 2009 ao montante de 1.500 toneladas.
Um passo à frente da Alemanha
Instalada em São Paulo desde 1969, a Wafios do Brasil produz desde máquinas para a fabricação de pregos, arames farpados, até molas de tração, torção e compressão, retíficas, endireitadeiras, dentre outros.
Saindo na frente da matriz, na Alemanha, a empresa investiu no início deste ano na aquisição de duas novas máquinas para a produção de pentes laminadores. Uma é a Zoller Venturion 450, que se aplica à medição das ferramentas que fazem o pente; e a outra é a Mar Surf XC 20/ XC2 que cuidará de medir a qualidade do pente produzido.
O objetivo dos dois investimentos é um só: Inserir tecnologia de ponta para a área produtiva da empresa, tornando-a mais competitiva no mercado brasileiro. Na máquina antiga, explica o diretor da empresa, Frank Fassnacht, a margem de erro era maior, já que tudo dependia do operador. “Estamos falando em erros de centésimos, milésimos, uma coisa que não acontece com os novos aparelhos, já que toda medição é automática.
Você está garantido a precisão da ferramenta e do pente, isso para nós é um grande sinônimo de qualidade”.
As novas máquinas são capazes de dimensionar tudo aquilo que se espera encontrar numa ferramenta para pentes, como ângulo, altura, etc. Ainda segundo ele, foi necessário investir no conhecimento dos colaboradores. “Todos os profissionais da produção aprenderão a manusear as máquinas. Tudo isso para que possam operá-las de maneira a tirar o melhor proveito da sua capacidade produtiva”. As duas máquinas já estão em operação e garantem um certificado de qualidade para a Wafios. O investimento está valendo a pena. |