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Automec: Pesados & Comerciais
Com demanda 30% superior a primeira edição, a 2ª edição da Automec Pesados & Comerciais revelou novo ânimo da indústria de autopeças, e consolidou espaço para lançamentos e relacionamento com a cadeia de distribuição
A Automec Pesados & Comerciais – que acontece de dois em dois anos – alcançou em 2010, a 2ª edição. A feira – especializada em peças, equipamentos e serviços para veículos pesados e comerciais – aconteceu de 27 de abril a 1 de maio, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, SP. Organizada e promovida pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, a feira teve 36 mil m2 e apresentou 480 marcas, a um público estimado de 27 mil visitantes qualificados, entre empresários e compradores da indústria automotiva nacional e do exterior, comerciantes de autopeças e acessórios, representantes de oficinas mecânicas, frotistas, profissionais do segmento de logística, entre outros.
A edição 2010 teve uma demanda 30% maior, em relação a primeira, realizada em 2008. De acordo com o SINDIPEÇAS – Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores –, o faturamento do setor deverá evoluir 16,6% no atual exercício, quando as vendas somarão US$ 40,7 bilhões, ante os US$ 34,9 bilhões de 2009. E no campo dos investimentos, os novos aportes feitos pela indústria deverão somar US$ 1 bilhão, ao registrar crescimento de 11%.
Rodafuso
Fabricante de parafusos, porcas, prisioneiros de rodas e peças especiais, a Rodafuso participou pela primeira vez da Automec Pesados, porém, na Automec tradicional, já marca presença há vários anos. Segundo o diretor comercial da empresa, Hans Kittler, o público alvo é os técnicos de desenvolvimento, compradores, importadores estrangeiros e contatos ativos. “Com a rotatividade em todos os setores, é sempre bom ter novos contatos”, enfatizou Kittler. “Durante a feira, recebemos diversos visitantes e mostramos as novidades, esclarecendo sobre processos de fabricação, e como podemos resolver os interesses mútuos. Nossa equipe de vendas atuou ativamente para esclarecimento ao público, que se mostrou muito interessado”, explicou ele que investiu acima de R$ 50 mil no evento. Como novidade, a Rodafuso apresentou o dispositivo de aperto de porcas “DIPS”, e vários outros produtos forjados a frio, além de toda a linha de fixação da empresa. A Rodafuso faz das feiras, um estande de esclarecimentos técnicos e comerciais, reunindo o maior número de interessados, onde possa explicar o diferencial de seu processo forjado a frio, e mostrar que qualidade tem preço justo. “Não compactuamos com pirataria e qualidade duvidosa. Parafusos e porcas de roda são itens de segurança que não admitem falhas”, encerrou Kittler (na foto ao lado de Silvia Marques gerente de comércio exterior).
Neumayer Tekfor
Para o chefe de engenharia da Neumayer Tekfor, Mauro de Souza, a Automec é o local onde se pode interagir com toda a parte de compras de seus clientes e, além de estabelecer, aprofundar as relações comerciais em uma atmosfera técnica, onde a empresa pode apresentar e demonstrar novos produtos. “Para nós é importante estar aqui, onde estão os novos clientes”, disse Souza, que tem foco maior nas montadoras de automóveis e caminhões, e claro, sistemistas. Ele explicou como são classificados os resultados do evento. “Analisamos todos os contatos feitos, e separamos por ‘relevância’, ou seja, aqueles que possuem potencial de negócios. Procuramos fechar o evento verificando a relação custo benefícios, e se o investimento se pagou. A meta é sempre ter no mínimo três contatos de relevância, que sejam fechados negócios”, explicou Souza. Com um investimento de R$ 150 mil, e um estande de 100 m2 na Automec, a empresa tem foco principal no desenvolvimento de seus produtos, a redução de peso e aumento de performance. E na área de fixação, lançou porcas de segurança Spider Nut, porcas NT Nut e porcas auto-travante ENKO (que foram patenteadas).
Suprens
No mercado desde 1958, a Metalúrgica Suprens, produz abraçadeiras automotivas. A empresa estima crescimento em 10% para 2010, segundo o gerente comercial, Marcos Antônio de Carvalho. Sobre a feira, “a intenção é fazer o marketing institucional. Divulgar nossos produtos, receber os clientes e tirar dúvidas”, explicou Carvalho. “Na Automec, temos foco no mercado de reposição e montadoras, além de fazer novos contatos”, completou. Com um estande de 50 m2, a Suprens gastou em torno de R$ 50 mil, contando com os serviços de 12 pessoas. “O evento foi muito bom. Tivemos bastante visitas, principalmente, de pessoas de fora do Brasil, sendo a maioria, da América do Sul. Foram excelentes contatos”, salientou o gerente. Segundo Carvalho, a Suprens continua a investir na produção, e estima um crescimento em torno de 10% em 2010. Atende países da América Latina, América Central, América do Norte e África.
Elring Klinger do Brasil
Fornecedora de juntas de cabeçote com “sharing” superior a 50%, a Elring do Brasil participa da Automec desde o surgimento do evento. A empresa, de origem alemã possui 130 anos, tendo a filial brasileira 13 anos de atividades. A marca atua fortemente no fornecimento de peças originais às montadoras, e há três anos entrou no mercado de reposição. Da produção, 20% é exportado, e ainda, 97% é original (exportação e interno), sendo 3% para distribuidores. “Estamos no mercado de reposição há pouco tempo, por isso, participar desta feira é necessário para nós”, enfatizou o supervisor de vendas, Sérgio Gonçalves. “O Brasil produz por dia de 12 mil a 14 mil veículos, e deste número de 6 mil a 8.500 mil, saem com a nossa junta de cabeçote original”, detalhou. O grupo possui 27 indústrias pelo mundo, e a fábrica brasileira corresponde a 6% do faturamento da Elring Klinger AG.
Metalmatrix
A empresa, localizada no distrito industrial de Caxias do Sul, SC, realizou sua segunda participação no evento. Atuante na fabricação de abraçadeiras rosca sem fim, borboleta, mangote, U, mec arame, abraçadeiras com borrachas e termo-retrátil. Em um estande de 25 m2, a coordenadora de marketing, Daniela Amaral, contou que foram investidos R$ 40 mil na feira, mobilizando sete funcionários. “O intuito é captar mais clientes, fazer o relacionamento e posicionar a marca no mercado”, contou ela. “Os distribuidores de peças são o nosso objetivo”, completou. Segundo a coordenadora, em 2009, a Metalmatrix fez 25 novos contatos, número este que os executivos esperavam superar em 2010. “O público na Automec é bastante qualificado. Várias negociações começam aqui, por isso, é importante estar presente”, disse Daniela, que espera para este ano, um crescimento de 22% nos negócios da empresa. Ela revela que a Metalmatrix está desenvolvendo um grande número de produtos, que serão lançados na próxima Automec. “Não revelaremos nada no momento. Será surpresa”, encerrou Daniela.
Naut Diesel Part
A empresa é especializada na fabricação de peças para sistemas de injeção diesel, e possui uma linha de 2.100 itens dos mais diversos tipos, desde usinados até estampados e injeção plástica. “Temos o objetivo de atrair os distribuidores de peças para bombas a diesel, e principalmente, os bombistas. Desenvolvemos todas as peças que compõe a bomba, como por exemplo, parafusos, porcas, válvulas, conexões, porta válvulas, canos injetores, tubos de turbinas, carcaças das bombas, elementos, cabeçotes, entre outros, declarou o gerente de marketing, Marcello Yoshida. A firma investiu no evento R$ 70 mil, em um estande de 50 m2. “Ficamos animados com a feira, pois realizamos diversos novos contatos, principalmente com o exterior. Em um único dia, só eu atendi 15 pessoas de outras nacionalidades, como China, Turquia, e de todos os países da América do Sul”, detalhou Yoshida. “Esperamos ter um grande aumento de vendas a partir da feira, e somente com esses contatos, só na exportação deveremos aumentar uns 30%, pelo menos. E no geral, devemos atingir um crescimento de 10% a 15% no faturamento, só com os contatos gerados na feira”, completou. A expectativa de crescimento da Naut em 2010 é de 25%.
Grupo Obenaus
O Grupo Obenaus – detentor das empresas Molas Obenaus, Santa Rita – peças e assessórios para suspensões – e Santa Rita II – elementos de fixação – aproveitou feira para apresentar a sua mais nova unidade industrial, a Walter Indústria de Fundidos e Usinados (produzindo 8 toneladas ao dia, com cinco funcionários e perdendo somente 3% da areia utilizada, fabricando tudo que une as molas e feixes de molas ao chassis do veículo). “Trabalhamos com a produção de molas em todo o mercado internacional, a exemplo, da América do Sul, Europa e Ásia. Nesta feira, temos uma perspectiva de desenvolver o mercado, do qual já atuamos há 15 anos, atraindo também os distribuidores de autopeças”, contou o gerente de vendas, Ronaldo Zadrozny. Em sua 3ª participação na feira, a empresa instalou-se em um estande de 120 m2, com um investimento de R$ 100 mil.
Metalúrgica Fey
Fabricante de porcas e parafusos para as linhas automotivas, agrícolas, trator, motocicleta, peças especiais, grampos de mola, pinos de centro e barras roscadas, a Metalúrgica Fey utilizou um estande de 50 m2, acumulando cerca de R$ 60 mil de investimento. “Fazemos parte da cadeia automotiva do País, por isto, é uma obrigação estar sempre presente na Feira”, salientou o gerente comercial, Edson Boettcher, que busca atrair os executivos de montadoras e distribuidores. Dentre as novidades, Boettcher destacou os kits de parafuso de roda (para Mercedes-Benz, Scania, Volvo, entre outras), os pinos de molas temperados, grampos de mola e fixadores em geral para montadoras. “Em feiras como esta analisamos o desenvolvimento de relacionamento com nossos clientes, e o início com novos contatos, que ao longo do tempo, converte-se em novos negócios. Aqui, temos um caráter muito mais institucional, de exposição de marca e de nossas capacidades”, explicou Boettcher.
ZM
Com o objetivo de receber os distribuidores de peças e os executivos das indústrias automobilísticas, a ZM investiu em um estande de 250 m2, utilizado em parceria com a Gauss, Unifap e Axel, onde foram gastos durante o evento aproximadamente R$ 90 mil. “Em um evento como este, encontramos nossos clientes e fazemos novos contatos. Participar é um dever, faz parte do nosso crescimento, visto que esta é a feira mais importante na linha de pesados no Brasil”, declarou o executivo de marketing, André Graf. A ZM apresentou cerca de 300 novos itens de fixação, entre eles parafusos sextavados rosca inteira e rosca parcial. “Este é um mercado que começamos a trabalhar recentemente e estamos bastante otimistas”, explicou Graf. Além disso, trouxeram novos parafusos de rodas (segmento que estão presente há mais de dez anos), e a linha Trator, com parafusos e porcas para esteira e lamina. Aproximadamente 500 produtos estão em desenvolvimento e logo chegarão ao mercado. Somados a isso, novos itens na linha de acessórios, como porcas (cromadas), sistema antifurto, e a grande novidade, o “verificador de torque” – muito utilizado na Europa e América do Norte. “As porcas de roda dos caminhões tem um torque ideal, e é comum ela perder esse toque. Então, para saber quando isto acontece, o motorista instala esse verificador (de plástico) na porca que tem uma seta. Ele escolherá para onde essa seta apontará, e quando ela mudar de posição, significa que a porca precisa de um novo torque. Trata-se de algo que auxilia na segurança do veículo. Possui várias cores e tem tamanhos de 27, 30, 32 e 33”, explicou Graf, garantindo que o preço é competitivo.
Usistamp
A empresa trabalha com a fabricação de parafusos para as linhas automotiva, agrícola, industrial e especial. Participa da Automec desde 1999, e nesta edição, apresentou lançamentos de parafusos para cabeçotes e fixação de roda. Segundo o diretor, Ricardo Biazola, a expectativa da marca é crescer aproximadamente 10% em 2010, e para isso, investimentos na divulgação da marca estão sendo feitos. Na feira, ela ocupou um estande de 50 m2, com um investimento em torno de R$ 60 mil, recebendo cerca de 300 visitantes durante todo o evento. “A cada evento percebemos que o público está cada vez mais selecionado e exigente. Na Automec Pesados, o perfil das pessoas é mais seletivo, e por isso, conseguimos atingir diretamente nosso alvo, que são os distribuidores e indústrias”, comentou Biazola.
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