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Capa: Rosqueamento Seguro
28/02/2007 10h57

Rosqueamento Seguro

Sistemas de travamento e vedação de roscas solucionam problemas em vários setores industriais e contribuem para a qualidade do produto final e da manutenção de componentes
A história dos elementos de fixação que utilizam a rosca como sistema de transformação e multipli­cação de forças apresenta várias versões, apesar de terem pontos em comum. Algumas evidências mostram que o desenvolvimento da rosca foi muito anterior à in­venção do parafuso - este, cerca de 400 a. C.
Por outro lado, por volta de 250 a.C., Archimedes teria usado o princípio de rosca ao redor de um eixo para inven­tar um mecanismo capaz de levar água do rio para planos mais altos. Este sistema, uma rosca ao redor de um eixo, foi bastante aplicado em prensas de extração de óleo, em 100 a.C. Há pouca informação sobre o uso de roscas como elementos de fixação até a época do Renascimento. Com a ”Revolução Industrial”, que começou com a criação do motor a vapor por James Watt, em 1765, os parafusos passaram a ser adotados em mecanismos e, conseqüentemente, apareceram os primeiros sistemas de travamento. A solução definitiva surgiu com o desen­volvimento da tecnologia Loctite, nos anos 50.
Atualmente, o parafuso aplicado em mecanismos manu­faturados utiliza a rosca de perfil triangular e, quando montados em furos previamente roscados ou porcas, para fixar componentes, com a correta projeção e aperto, estes parafusos não deveriam se soltar. Mas, pode haver perda de pré-carga por amassamento das áreas de apoio, alongamento permanente do parafuso ou dos fios de ros­ca da porca, provocando auto-soltura. Isso normalmente ocorre se a montagem sofrer cargas de trabalho dinâmicas (movimentos) e/ou vibrações. Assim, há a necessidade de travar os parafusos, ou seja, aplicar tecnologias que evitem ou retardem a auto-soltura, em todas as montagens onde isso não pode acontecer.
Sistemas
De acordo com Roberto Aquati, gerente industrial da Nylok Tecnologia em Fixação, hoje existem dois siste­mas de travamento: de “giro livre” e com “torque preva­lente”. Podem ser citados como exemplos de travamento de giro livre, arruelas de pressão, arruelas molas-prato, arruelas dentadas, arruelas elásticas, flanges elásticas lisas, flanges elásticas com ressaltos e adesi­vos químicos. “No caso do sistema de giro livre, o tra­vamento é feito da superfície de apoio do parafuso ou da porca e só começa a ser efetivo quando o parafuso for apertado e as superfícies de apoio forem coloca­das em forte contato. Ele cessa quando as superfícies de apoio perdem o conta­to. O sistema recebe esta denominação porque o parafuso ou porca não sofre nenhuma restrição ao seu movimento durante a montagem.”
No sistema com torque prevalente, o travamento é feito na rosca do parafuso ou da porca e o dispositivo restringe o movimento, criando a necessidade de um torque para movimentar o parafuso ou a porca. Este processo ainda ofe­rece um torque residual após o desaperto da fixação, restrin-gindo a soltura do parafuso ou da porca. São exemplos de sistemas com torque preva­lente, roscas de interferência, porcas deformadas, adesivos químicos micro-encapsulados e aditivos não-metálicos.
Em adesivos químicos micro-en­capsulados são usadas resinas acrílicas, resinas epóxi e peróxidos. Em travantes não-metálicos, é utilizado o nylon.“As indústrias que mais empregam os sistemas de travamento são: automotiva, agrícola, aeroespacial, moveleira, na­val, eletroeletrônica, de construção civil, bicicletas e de máquinas. As indústrias de torres de transmissão de energia elétrica e de telecomunicações também estão iniciando o uso desta tecnologia”, afirma Aquati.
A Nylok Tecnologia em Fixação é especializada na aplicação de sistemas de travamento/vedação mecânico e químico, assim como de máscaras em teflon contra tinta e respingos de solda em fixadores. A empresa dispõe de travamento mecânico com patch em nylon (Nylok Patch® ou Tuf Lok® da Nylok Corporation, USA); adesivos químicos micro-encapsulados (Scotch Grip®, fornecido pela 3M-USA); Precote®, da OmniTechnik-Alemanha; Driloc®, da Henkel (Loctite-USA); e máscaras contra tinta e respingos de solda na rosca de parafusos e porcas (Nycote® da Nylok Cor­poration-USA).
Outra empresa que atua neste setor é a Three Bond, multinacional japonesa que está no Brasil desde 1974. A com­panhia oferece ao mercado uma linha de produtos para adesão, travamento, fixação e vedação, que atendem diversos segmentos, entre eles, automotivo e eletroeletrônico. Além dos anaeróbicos para parafusos, roscas, prisioneiros e peças lisas, possui uma Divisão de Micro-Encapsulados (MEC). Os adesivos MEC são pré-aplicados nos parafusos e apresentam elementos de fixa­ção auto-travantes - acrílicos anaeróbicos e o epóxis bicomponentes. Estes produtos são colocados em torno das roscas dos para­fusos sob uma forma inerte e não pegajosa. A ativação dos produtos rea-gentes ocorre com a rup­tura das micro-cápsulas na ação de aperto, durante a montagem. Assim, o adesivo é liberado nos flancos da rosca e ao re­dor deles e inicia-se o processo de cura, produzindo a força de coesão que trava e veda.
Consumidor final
A Henkel, detentora da marca Loctite®, possui uma linha de travas químicas de alta, média e baixa resistência, que podem ser utilizadas em todas as superfícies roscadas (porcas, parafusos e prisioneiros, entre outros componentes) e es­tão disponíveis para o consumi­dor final. O gerente do Centro de Enge-nharia Loctite® Mercosul, Gui-lherme Andrade, afirma que os produtos solucionam problemas de afrouxamento, oferecem lu­brificação no momento da mon­tagem e proporcionam vedação entre as partes (porca e parafuso), garantindo maior eficiência nas manutenções posteriores. A desmontagem dos conjuntos com as travas químicas Loctite® é efetuada com ferramentas convencionais. Entre as tecnologias da Loctite®, um dos destaques é a linha para uso automotivo. Desde 1995, a equipe McLaren de Fórmula 1 utiliza os produtos da marca em seus carros de competição. A americana Loctite®, apresentada oficial­mente em 1956, foi adquirida pela alemã Henkel, em 1997. A empresa está no País há mais de 50 anos
 
 

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