Editorial
Produção automotiva brasileira caiu 32% em 2020
Segunda maior queda entre as 20 maiores nações fabricantes de autos, o país estimava produzir mais de 3 milhões de unidades
Após a recessão 2015-2016, os últimos 3 anos vinham sendo marcados pela recuperação econômica do Brasil que, infelizmente, foi interrompida por aquilo que todos sabem.
É sabido que o setor automotivo é uma das alavancas da fabricação de fixadores, e nesse setor o país até que vivia bom momento, algo que durou até o primeiro trimestre de 2020. Ainda em 2019 a produção nacional chegou a 2.984.988 veículos, um aumento de 2,2% comparado a 2018. Vale lembrar que não estamos considerando aqui o segmento de motocicletas.
Em porcentagem, o resultado brasileiro de 2019 foi o melhor entre as 20 principais nações produtoras de autos, das quais 17 delas faziam parte de um “clube do milhão”, ou seja, as que produzem acima de um milhão de carros ano a ano. Nesse clube do milhão, o Brasil caiu para 15º no ano passado.
Voltando ao início de 2020, todas as perspectivas apontavam para, finalmente, o Brasil superar 3 milhões de unidades, se aproximando do resultado de 2014, que foi de 3.146.386.
Não é novidade que todas as demais nações tiveram fortes quedas no ano que se foi, caso da China (1ª no Top 20), que teve desempenho de -2% (25.225.242 unidades), enquanto o melhor percentual foi do Irã (18ª), de 7% (880.997 unidades). Os piores resultados ficaram com Brasil (9ª), -32%; e Indonésia (20ª), -46% (691.286 unidades).
Na conclusão desta edição, a produção automotiva nacional fechava o ciclo janeiro-abril com 788.680 unidades, uma elevação surreal de mais de 34% sobre os 587.742 veículos produzidos comparado ao mesmo quadrimestre passado, que teve um abril catastrófico, com apenas “1,8 mil carrinhos montados”.
Sérgio Milatias