Vou começar falando de alguns números. A Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e similares) divulgou que o mercado de motocicletas deve atingir a produção de 1,94 milhão de unidades em 2008. Multiplicando esse número por 400, média de parafusos e similares por motocicleta, chegaremos a uma produção anual de 776 milhões de elementos de fixação, apenas para o segmento duas rodas. Isso mostra que não importa a área, a indústria parafuseira cresce na mesma medida que a economia, que o País, já que ela está presente em quase todos os setores produtivos. E não pára por ai.
Saindo do exemplo prático, aquele que para nós chega a ser obvio, podemos ver o parafuso nos lugares mais inusitados. Só para exemplificar, na edição de dezembro2006/janeiro2007, publicamos uma matéria que destacou o elemento de fixação como um componente de arte, inserido nas obras do artista plástico paulistano, Cláudio Tozzi. As obras vão desde esculturas até quadros, como visto na imagem que ilustra a capa desta edição, gentilmente fornecida pelo artista. A produção de parafusos e afins move um mercado que gera milhares de empregos, grandes negócios e abrange empresas, como a Belenus, que nos surpreendeu por sua inovadora estratégia de divulgação.
Você verá que o que ela fez não é novo em outros segmentos, mas no parafuseiro é inédito, não pelas ações que englobam a construção de uma nova fábrica, o que é importantíssimo para o setor, assim como a modernização do centro logístico, mas pela implantação de um cartão de vantagens, criado em parceria com a Caixa Econômica Federal e a Mastercard. O sistema, além de alavancar negócios em volumes, facilita a vida de pequenos comerciantes, ou seja, o micro e o pequeno que é a regra e não a exceção na economia brasileira. Outro assunto que podemos também chamar de inovador, é a utilização de mão de obra feminina na área de produção da indústria de parafusos Usistamp. Lá as mulheres passaram a ocupar posições antes de domínio restrito masculino. Fomos ver de perto e trazemos para vocês um pouco deste pioneirismo.
Você poderá, ainda, acompanhar a segunda parte do curso de Torque e Processos de Torque, autoria de Roberto Garcia, além da primeira parte do artigo Fragilização por hidrogênio. Entrevistamos um entusiasmado jovem de 25 anos, gerente comercial de uma das mais tradicionais empresas do setor, a Micheletto. Queremos manifestar mais uma vez a nossa gratidão aos nossos colaboradores, anunciantes e assinantes que nos acompanham e auxiliam na produção de uma revista com conteúdo cada vez mais próximo das necessidades do setor. E é esse o objetivo: informá-los.
Tenham uma ótima leitura!
Sérgio Milatías
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