Editorial
É primavera (vai chuva)
Clássica canção da MPB, seu refrão em referência à 3ª estação do ano se eternizou em nossas mentes
Escrita em 1971 pelo cantor e compositor Cassiano (1943 - 2021), a famosa canção que intitula este texto tem em Tim Maia (1942 - 1988) o seu maior intérprete.
A primavera tem sido cada vez mais um momento-chave para questões relacionadas ao meio ambiente, começando por 22 de setembro, que também marca o “Dia Mundial Sem Carro”, movimento iniciado na França em 1997, que recomenda deslocamentos de bicicleta e/ou a pé para reduzir, pelo menos nesse dia, a poluição urbana. No entanto, não dá para abrir mão de modernidades como o automóvel, mas sua racionalização da montagem ao fim da vida útil está, a cada dia, mais comprometida com a redução dos danos ao ambiente em que vivemos.
Mas essa discussão deve fluir de forma racional, evitando escolher um vilão, como o petróleo. É importante lembrar que sua adoção evitou a extinção das baleias, que abatidas geravam óleo para iluminação pública, enquanto outras partes eram usadas como um tipo de plástico, para fazer espartilhos, guarda-chuvas e outros.
Voltando aos carros, por meio de um *vídeo no Youtube **Plinio Nastari demonstra o quanto o Brasil está em situação ambiental confortável e promissora no que se refere ao automóvel. Segundo ele, um veículo elétrico à bateria emite 92 gramas (gr.) de CO2 equivalente por km, usando a matriz de eletricidade da Europa. O mesmo modelo usando a matriz energética no Brasil, extremamente renovável, emite 65 gr.
Já um carro brasileiro à combustão (flex) usando etanol emite 46 gr. Passando esse mesmo modelo para um carro híbrido a etanol a emissão cai para 29 gr. de CO2.
Aqui, a primavera ainda está em boas mãos.
*www.facebook.com/watch/?v=553622476205674 **Presidente da Datagro Consulting, membro do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), M.Sc. e Ph.D. em Economia Agrícola (pela Iowa State University, USA).
Sergio Milatias