Editorial
O marinheiro de segunda viagem
Ninguém consegue fazer bem-feito na primeira vez
Bem-vindos a 2023! Vamos aproveitar o ano pelo menos agora na sua juventude. Mal comparando, ano novo é como técnico da Seleção Brasileira de Futebol: passado um certo tempo no cargo muitos já querem chutá-lo e colocar outro no lugar, e assim vai...
O título deste editorial brotou após uma reunião de negócios em 2022, na qual um dos presentes usou a pouca elegante frase “marinheiro de primeira viagem” (o diabo são sempre os outros). Presume-se assim que o emissor da frase é um marinheiro de segunda viagem, mas que pulou a primeira viagem. Ou seja, já nasceu pronto e bem-feito. Certa vez em aula um professor disse: “Ninguém consegue fazer algo bem-feito na sua primeira vez...’inclusive aquilo’”. Em suma, errar não apenas faz parte da vida; errar é a vida. De vez em quando a gente acerta.
Saindo do ano da tal reunião e da Copa que é do Mundo e não nossa já só a vencemos algumas vezes, temos agora na Presidência do Brasil um marinheiro de segunda viagem, de verdade, e que já esteve no cargo. E não importa se o marujo é de uma, duas ou mais viagens. Todo aquele que ocupa esses cargos têm que obedecer ao bom senso e, principalmente, aquilo que está escrito.
“É preciso despolitizar assuntos econômicos e de interesse nacional, devendo situar-se acima de ideologias e partidos”, frase de Carlos R. Schneider na seção Persona.
Concluindo, na Copa 1958 um time de um mundo tão distante colocou em campo um marinheiro de primeira viagem que, na exceção à regra, acertou na primeira.
Ele se foi. O resto é silêncio. Viva Pelé!!!
Sergio Milatias