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10/10/2019 02h47

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Qual o impacto da disputa comercial China x EUA para o Brasil?

O Brasil de Bolsonaro tenta maior aproximação com os Estados Unidos de Trump, mas a China de Jinping compra o dobro das exportações brasileiras, em comparação com as compras norte-americana

O mundo tem assistido, com certa apreensão, a uma “guerra comercial” entre China e Estados Unidos (EUA), onde ambos países têm apresentado sanções e aumentos de taxas respectivamente, numa queda-de-braço instigante e ameaçadora ao equilíbrio da economia mundial, com efeitos diretos nas bolsas de valores e nas flutuações de moedas em paridade como dólar. (Foto - Airi Zanini)

Não defendemos este ou aquele lado, mas gostaria de apresentar nossa visão de como esse movimento de aproximação que Bolsonaro vem conduzindo, pode acarretar vantagens e desvantagens à nossa combalida economia, que necessita de impulso pujante para recuperar os muitos anos perdidos em priorizações políticas que nos afastaram de importantes mercados de comércio mundial.

Sem emoções partidárias e em fria análise de números, a evolução das exportações brasileiras para os dois mais importantes parceiros do Brasil, nos últimos 10 anos, assim se comportaram:

Enquanto as exportações aos EUA vêm se mantendo razoavelmente estáveis, as vendas à China vêm apresentando crescimento importante, superando as vendas aos EUA, atingindo o impressionante fator de 2,2 vezes em 2018.

É certo que exportamos à China produtos mais primários, com baixa adição de valor (soja, açúcar, milho etc.) enquanto os produtos destinados aos EUA concentram valor agregado mais significativo (óleo bruto, semimanufaturados de ferro e aço, aviões etc.), mas o valor absoluto das vendas não deixa dúvidas: China é, desde 2009, nosso maior cliente.

Assistindo essa disputa entre nossos maiores compradores, percebemos vantagens e “perigos”:
Vantagens principais (entre muitas outras particularidades):
• Maior taxação entre os dois compradores permite posicionar melhor nossos produtos em comparação direta.
• EUA é o maior produtor de agro do mundo (seguido pelo Brasil) e, quando impõe maior imposto à China, conduz nossos preços para uma posição mais competitiva.

Principais “perigos” (entre tantas outras minúcias):
• A interdependência do sistema mundial de comércio exterior, onde o que cada país faz afeta os demais, cria uma balança difícil de controlar, quando nem todos os controles estão à mão de um único player.
• A imprevisibilidade dos avanços e retrocessos dessa perigosa gangorra podem criar armadilhas de negociações complexas e que vão exigir de nosso governo firmeza de propósito e assertividade, onde visões de mundo conflitantes não ajudam.

Cabe a nós, empresários e investidores brasileiros e internacionais, vigilância constante e força de princípios para enfrentar um mundo cada vez mais complexo e desafiador, enquanto mantemos a fé e a esperança de que o governo brasileiro consiga conduzir tais negociações com maestria e eficiência, evitando deslizar por tortuosos caminhos de pensamento ideológico, seja de direita ou de esquerda. E, que Deus nos proteja!

Airi Zanini
Diretor da Associação Brasileira de Tratamentos de Superfície (ABTS) e diretor geral da MacDermid South America
airi.zanini@macdermid.com

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