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Entrevista
20/10/2022 03h10

Entrevista

Anders Karlsson, presidente da EIFI

Nesta breve entrevista abordamos temas como reshoring, incluindo a guerra e os efeitos do recém aplicado antidumping contra fixadores importados

Desde que a Ásia alcançou elevada competitividade produtiva e comercial, Europa e América pareciam fadadas à condição de serem “apenas importadores” de manufaturados de diversos tipos, incluindo fasteners (fixadores). (Foto - Anders Karlsson)

Aqui do lado de baixo do Equador, durante a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 o Brasil importou até a sua própria bandeira nacional, mesmo não sendo uma região de ponta como EUA e Europa, com moeda e mão de obra mais valorizadas.

Num exemplo curioso, quando este entrevistador fazia uma visita à Itália, em 2015, pude ver numa loja de fantasias uma das famosas “máscaras de carnaval de Veneza”. Ao olhar de perto a etiqueta dizia: Made in China.

Voltando a 2022, na recente feira Wire Düsseldorf, Alemanha, uma palavra algumas vezes citada por entrevistados foi Reshoring, termo relacionado ao retorno de plantas produtivas aos seus países de origem.

Com os recentes mega estragos causados pela escassez/dependência de semicondutores, onde podemos até incluir fixadores – caso do antidumping europeu contra parafusos chineses –, estaríamos prestes a ver companhias optando por voltar à sua terra natal, na Europa por exemplo? Ou, pelo menos, um encurtamento das cadeias de produção?

Foi neste contexto que entrevistamos Anders Karlsson, presidente da European Industrial Fasteners Institute (EIFI), no cargo de desde maio de 2009. Em seu currículo, Karlsson traz uma longa e consolidada trajetória no setor de parafusos, tendo ocupado o cargo de vice-presidente sênior de Marketing e Vendas da Bulten AB, a maior fabricante sueca de fixadores, além de ter presidido a unidade polonesa da Bulten e ter sido gestor do departamento de Marketing na Alemanha e Europa central.

Boa leitura!

Revista do Parafuso: O Eurofound tem em seu site uma iniciativa denominada European Reshoring Monitor (2015-2018), na qual descreve ações para trazer empresas “de volta para casa”. Para o EIFI Reshoring é uma palavra de ordem, desde a aplicação de antidumping contra a China?

Anders KarIsson: Isso não é nada no qual a EIFI esteja envolvida, a partir de 2009 a produção de experiência será transferida para a Europa devido ao antidumping, mas os altos custos com fretes também afetam onde comprar. Taxas de juros mais altas também afetam as importações com prazos de entrega longos e as tornam mais caras. Depois sofrer quedas em 2020, as importações da Ásia voltaram a ter em 2021 níveis semelhantes a 2019. Sendo assim, devemos esperar pelas estatísticas deste ano para vermos se há ou não uma tendência de longo prazo. Por sua vez, a indústria europeia de fixadores nunca investiu na Ásia para importar, mas para abastecer o mercado local e principalmente a indústria automotiva da China continental, e continuará a fazê-lo.

Além disso, com a pandemia e conflitos armados, somados com a punição antidumping com fixadores chineses, o cenário industrial na Europa irá se inverter, ao menos em parte, significativamente?

É muito difícil lhe dar uma boa resposta. A guerra elevou os preços da energia, o que afetou toda a indústria e às levou a dias de baixa devido à escassez de materiais para a indústria automotiva. A sensação geral é de que a produção está boa e que a indústria está investindo. O prazo de entrega para novos usinados está maior que o normal.

Poderemos rever a abertura de novas fábricas de fixadores em toda Europa? Estaria a EIFI prestes a crescer?

É sempre bom podermos ampliar nosso base de membros e, muito feliz, a EIFI dará as boas-vindas aos novos integrantes. Lembre-se que o setor de parafusos é composto, principalmente, de indústrias de pequeno e médio porte, e em muitos casos de gestão familiar, uma combinação de empresas que crescem lentamente por longos períodos.

Em outras palavras, a Europa poderá reativar sua produção local de fixadores estandartes, por exemplo?

Os fixadores standard já são produzidos na Europa e não há problema em produzir mais. A escassez de materiais e os aumentos dos preços do aço levarão a preços mais altos no curto prazo.

Se isso ocorrer, considera um avanço, mesmo afetando a competividade? O que pensas?

A EIFI é a favor do comércio livre e justo e, claro, está dando as boas-vindas aos recém-chegados na Europa. Todos competirão nos mesmos termos e terão que cumprir as leis e regulamentos da União Europeia, para que não ocorram problemas. Na última década vimos algumas companhias asiáticas se estabelecendo aqui e fazendo aquisições. E elas continuam aqui administrando-as. Investimentos em campos verdes são mais raros, se houver.  

Anders KarIsson
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