Editorial
Balanço 2019, 2020 e 2021
Destacamos aqui alguns pontos de impacto em nosso setor
Aço
O ano que se foi marcante na produção brasileira de aço que alcançou 36,039 milhões de toneladas, resultando num recorde, segundo dados do Instituto Aço Brasil. Em tonelagem, apenas o ano de 2018 chegou mais próximo 35,4 milhões. Nenhum ano anterior registrou produção na casa de 35 milhões de toneladas. No que tange o consumo aparente, os números do Instituto apontavam para 26,7 milhões de toneladas no fechamento do ano, 24,3% superior a 2020.
Autos
Nos dois últimos anos o mundo conheceu um novo vírus e uma nova modalidade de escassez, a de semicondutores. Ao lado do vírus, esse item tem causado dores de cabeça na produção automotiva global. No Brasil, a produção de motocicletas fechou o ano com um bom resultado, 1.195.149 unidades, a maior desde as 1.262.708 motos feitas em 2015. Segundo a Abraciclo, entidade representativa do setor, 2021 fechou com 24,23% acima das 961.986 unidades de 2020 e 7,88% superior às 1.107.758 motocas feitas em 2019.
Acima de duas rodas, autos, caminhões, ônibus totalizaram milhões 2.248.253 de unidades, 11,62% acima de 2020, 2,014.055, mas 23,66% abaixo de 2019, 2.944.988, segundo dados da Anfavea.
Fixadores
Sabe-se que o Brasil não figura, atualmente, como um relevante exportador global de parafusos e afins. Suas vendas ao exterior em 2021 alcançaram US$ 153,28 milhões (58.584 toneladas, *preço FOB US$ 2,62/kg), resultado 12% acima dos US$ 136,86 milhões de 2020 (26.937 toneladas, *US$ 5,08/kg); 21% abaixo dos US$ 193,93 milhões de 2019 (29.576 toneladas, *US$ 6,56/kg).
As importações de fixadores demandaram US$ 933,90 milhões em 2021, um recorde. Em 2020 foram US$ 499,27 milhões, enquanto 2019 fechou com US$ 621,65 milhões. Os gastos em dólares em 2021 foram 87% acima de 2020 e 50,2% superior a 2019.
Em volumes, um pouco mais de 205.313 toneladas desembarcaram no país em 2021 (*US$ 4,55/kg); 104.052 em 2020 (*US$ 4,8/kg); 123.923 em 2019 (*US$ 5,02/kg).
Sérgio Milatias