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Entrevista
19/09/2022 01h35

Entrevista

Andreas Bertaggia, novo Presidente da EFDA 

Executivo do Grupo Bossard, ele assume o comando da associação europeia de distribuidores de fixadores em meio a um antidumping que indica causar profundos impactos para quem comprava muito da China

Substituto de Volker Lederer na presidência da European Fastener Distribution Association, a entidade que defende os distribuidores europeus, nosso entrevistado nos traz um pouco da sua história e muito do que há pelo caminho no qual as medidas antidumping sobre fixadores chineses é o grande desafio da sua gestão. (Foto - Andreas Bertaggia)

Por favor, fale um pouco sobre sua origem, formação e graduação.

Tenho 53 anos, nasci, cresci e fui educado na Suíça, mas minha origem é italiana. Sou casado e tenho filhos. Sobre minha formação educacional, tenho vários diplomas federais suíços como técnico mecânico, administração de empresas e marketing. Além disso, tenho um MBA da Universidade de Zurique, Suíça.

Antes de ingressar no Grupo Bossard, eu trabalhava como Gerente de Categoria na maior varejista de bens de consumo na Suíça. Durante esse tempo tive a oportunidade de trabalhar alguns anos em Hong Kong, o que incluía a supervisão de todas as compras dessa empresa vindas do Extremo Oriente. Basicamente do norte do Japão até a Indonésia. Esse período marcou muito meu aprendizado sobre os mecanismos das cadeias mundiais de suprimentos, do comércio global e o Extremo Oriente, com todas as suas belezas culturais.

Conte como e quando ocorreu seu ingresso no mercado de fixadores e sobre suas atividades no Grupo Bossard?

Ingressei na Bossard em 2004, portanto, já são mais de 18 anos de atuação no grupo e no segmento de fixadores. Entrei porque alguém da administração corporativa tomou conhecimento de mim e então fui contratado. Atualmente, ocupo a Vice-Presidência, bem como a Chefia da Cadeia de Suprimentos Global. Basicamente, sou responsável pelas áreas de Compras, Logística e Gestão de Qualidade. Especialmente nos últimos dois anos e meio, minha posição esteve muito focada no Conselho de Administração e na Alta Administração, em relação a todas as interrupções e distorções da cadeia de suprimentos nos mercados. No entanto, o lado bom disso foi que agora tínhamos o teste de estresse final para minha organização e, felizmente, conseguimos gerenciá-los de maneira muito boa para superar todos os obstáculos que existiam. Portanto, estou muito orgulhoso e feliz pela minha equipe.

Existem algumas medidas imediatas e/ou de médio prazo a serem adotadas na sua gestão na EFDA?

Com o objetivo de representar com sucesso os interesses comuns dos distribuidores de fixadores europeus, será importante tornar a voz da EFDA ainda mais presente e mais forte para todas as partes interessadas do que já é. Não deve haver dúvidas de que as medidas protecionistas da União Europeia (UE) ou de outras forças políticas globais estão no caminho errado. Será prioridade durante a minha presidência assegurar que a EFDA continue a ser a voz incontornável na indústria de fixadores da UE que defende o livre comércio.

Será prioridade durante a minha presidência assegurar que a EFDA continue a ser a voz incontornável na indústria de fixadores da UE que defende o livre comércio.

Além das atividades externas da EFDA, a associação oferece importantes serviços aos seus membros. Trabalharemos ainda com mais sucesso para garantir que nossa entidade seja reconhecida como o ponto de contato para seus membros quando se trata de política, legislação, informações técnicas e networking. Por último, a EFDA não é apenas um ator forte a nível da UE, mas também ativa em nível internacional. Portanto, é muito importante para mim que ela se mantenha e intensifique sua rede global com suas associadas parceiras no Extremo Oriente e nas Américas, e que construa novas parcerias com associações e outros parceiros mundo afora. Claro, ficarei feliz em continuar nosso relacionamento com a associação de fabricantes de fixadores na Europa, a EIFI (European Industrial Fasteners Institute).

A EFDA sempre se opôs às medidas antidumping sobre importações de fixadores chineses, impostos pela Comissão Europeia. Ainda estamos convencidos de que eles estão violando a lei em muitos aspectos.    

Claro, o EFDA discorda do último antidumping aplicado aos fixadores chineses. Quais os efeitos você prevê hoje e no longo prazo?

A EFDA sempre se opôs às medidas antidumping sobre importações de fixadores chineses, impostos pela Comissão Europeia. Ainda estamos convencidos de que eles estão violando a lei em muitos aspectos. Tarifas de até 86,5% foram um duríssimo golpe para os distribuidores europeus de fixadores, em um momento em que já lutavam para superar os problemas relacionados ao aumento dos preços, escassez de matérias-primas, fretes e mão de obra.

Devido às restrições de viagem relacionadas à pandemia, tem sido extremamente difícil, se não praticamente impossível, que nossos membros visitem, ou sequer alcance condições de homologar novos fornecedores. Felizmente, a demanda da indústria da UE e dos clientes em todo o mundo continua alta, e a maioria das empresas do nosso setor poderia vender mais fixadores se tivessem a possibilidade de obter as quantidades correspondentes.

Ainda não sabemos se a situação permanecerá como está. De fato, existem muitos fatores com impacto negativo na economia mundial. Por exemplo, a pandemia em curso na República Popular da China, a guerra na Ucrânia, a inflação geral dos preços, os aumentos dos juros e a diminuição dos PMIs não é improvável que a situação se deteriore completamente e a demanda de fixadores diminua. As taxas indevidamente altas sobre as importações de fixadores chineses poderiam ter efeitos ainda mais negativos no mercado europeu do que têm hoje.

Outra consequência dessas medidas antidumping é que elas envolvem para os importadores da UE o risco de cair em armadilhas de evasão. Um importador não pode apenas envolver-se em evasão ao adquirir por engano fixadores chineses através de países terceiros, mas também ao importar por engano de um produtor chinês com uma taxa de direito reduzida se a taxa reduzida não se aplica a essa empresa. A EFDA não deixará de instruir os importadores para que esses detectem riscos, avaliem e evitem cair em armadilhas.

Na sua avaliação, teria sido possível evitar essas medidas sobre os fixadores Made in China?

A EFDA esteve altamente envolvida neste antidumping e apresentou argumentos técnicos e jurídicos abrangentes e de alta qualidade, que ainda acreditamos serem corretos. Portanto, também acreditamos que o regulamento antidumping é falho e viola as leis da UE e da Organização Mundial para o Comércio (OMC). Mas, infelizmente, isso não impediu a Comissão de impor o antidumping de até 86,5% em fevereiro deste ano. Lamentamos, e muito.

No entanto, a EFDA também conseguiu que a Comissão não instituísse direitos provisórios no verão de 2020 nem direitos retroativos. Isso economizou muito tempo e dinheiro aos importadores europeus. No geral, podemos estar muito satisfeitos com o trabalho da nossa associação neste processo. Tanto a UE quanto os produtores europeus sabem com quem estão lidando.

Quais são os países que podem atender essas demandas da UE?

Os distribuidores europeus compram fixadores de muitos países. Enquanto os itens especiais são adquiridos principalmente na UE, para linhas de fixadores standard, o Extremo Oriente desempenha um papel muito importante nesses tipos de produtos. Além da China, Taiwan, Vietnã, Tailândia, Índia, Malásia e Coréia do Sul merecem destaque aqui. Por outro lado, bem mais da UE, a Turquia tornou-se um importante fabricante.

Vocês têm muito conhecimento sobre o Brasil e seu mercado de fixadores?

Sim, conheço um pouco o mercado brasileiro de fixadores como mercado fornecedor, e já tive negócios com um ou dois fabricantes importantes. No que diz respeito ao mercado de vendas de fixadores, tenho que admitir que não sei muito sobre o assunto.

Andreas Bertaggia
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