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Missão Empresarial Brasil-Itália 2016
Um encontro para ampliar relações comerciais e oportunidades entre parceiros que negociam US$ 7,8 bilhões ao ano
Organizado pela ITA - Italian Trade Agency, agência italiana de promoção e intercâmbios, a Missão Empresarial Brasil-Itália, realizada em novembro de 2016, foi o maior encontro de negócios do ano promovido pela Itália, que trouxe ao Brasil mais de 100 empresários liderados pelo Vice-Ministro do Desenvolvimento Econômico, Ivan Scalfarotto, tendo ao lado a vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria Italiana (Confindustria), Licia Mattioli, o embaixador da Itália no Brasil, Antônio Bernardini, entre outros. Já entre os brasileiros estava Thomas Zanotto, diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio da Fiesp e Hailton Almeida, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
Criada durante a última reunião de Cúpula do G20, durante um encontro entre as duas nações, a Missão foi dividida entre São José dos Campos, SP, esta dedicada a promover ideias e propostas de colaboração industrial no setor aeroespacial; a outra em São Paulo, capital, foi sede do Fórum. O evento teve apoio da Fiesp e Ciesp, Banco do Brasil, Febraban e das Agências Espaciais do Brasil e da Itália. Entre os outros setores abordados estavam o Agronegócio, Ambiente & Energia, Automobilístico e Infraestrutura, onde agentes empresariais, governamentais e associações dos setores discutiram negócios e parcerias.
Segundo o Istat, Instituto Italiano de Estatísticas, a corrente comercial entre Brasil e Itália em 2015, de US$7,8 bilhões, faz do Brasil o principal parceiro da Itália na América Latina. Atrás apenas da Alemanha, a Itália é o segundo parceiro do Brasil na Europa, com 2,2% de todo o comércio transacionado pelo Brasil. As exportações italianas ao Brasil foram de US$ 5,9 bi, média anual entre 2010 e 2015.
O Istat registra que 57% das exportações italianas ao Brasil são de maquinários e produtos de elevado conteúdo tecnológico. Em bens de capital a Itália é o quarto fornecedor do Brasil, com 7,8% das importações brasileiras na área. Já o Brasil fornece minérios, couro, madeira e materiais fibrosos, além de chá, café e especiarias. Em 2015 a balança comercial favoreceu a italiana com USD 727 milhões.
Sobre investimentos diretos estrangeiros, segundo o Censo de Capitais Estrangeiros no país realizado pelo Banco Central do Brasil, a Itália possui o oitavo (US$ 17,1 bilhões) maior estoque de capitais investidos no Brasil, divididos entre os setores de informação/comunicação (34,9%), indústrias extrativas e de transformação (26,1%), energia e gás (21,8%), transporte e armazenagem (6,3%) e outros (10,9%).