Semeando em solo nacional
As variações climáticas no campo da economia e política não altera investimentos da Valtra em sua busca de melhores colheitas
Fabricante finlandesa de tratores agrícolas, a Valtra está no Brasil desde 1960, tempo em que seu nome era Valmet. Desde a década de 1990 estabeleceu-se o nome AGCO após uma aquisição que envolveu a Deutz-Allis Corporation, até então pertencente a Kloeckner-Humboldt-Deutz AG, Alemanha.
As linhas Valtra atendem por volta de 60% do mercado agrícola nacional, além ser o Brasil uma plataforma de sua exportação. Em sua planta industrial, na cidade de Mogi das Cruzes, são produzidos veículos de diversos tamanhos e aplicações, destinados ao plantio e a colheita.
Em fevereiro deste ano visitamos a divisão de motores que fabrica modelos nas potências 65 a 325 hp, em Mogi. Esta unidade – que engloba processos de usinagem de blocos e cabeçotes, montagens e testes dos motores – está passando por uma interessante fase modernizadora e que demandam muitos investimentos. Recentemente foram implantadas inovações, modernização no chão de fábrica com novo layout, bem como a inserção de novas máquinas e robôs o que acumula grandes investimentos, de acordo com o gerente de manufatura da unidade AGCO SISU POWER, Ronaldo Diotto, durante a entrevista a seguir:
Essa ação no chão de fábrica foi um misto de Kaizen e Lean Manufacturing?
Diotto: Sim, sendo que o pilar do projeto é o Gemba, onde o envolvimento de todos é fundamental (pessoas, conceitos e tecnologia).
O que a empresa ganhou com isso?
Ganhou um motor para suas marcas mães, mais robusto e com nível de qualidade e custo médio de 15% abaixo da filial na China.
Sobre a robotização, qual é o percentual na cia no Brasil?
A planta mais moderna é esta em que estamos que hoje dispõe de 11 robôs para 70 funcionários.
Além de motores, o que mais se produz aqui?
Mogi produz e monta 100% do que é comercializado pela AGCO no Brasil em tratores e colheitadeiras.
Ronaldo Diotto