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30/06/2009 02h26

Resistente a corrosão

O que faz o aço inox ser altamente protegido contra a corrosão? Como foi descoberto? Quais suas aplicações? Acompanhe agora a história deste produto

Alguns elementos estão presentes em quase todos os ambientes que temos contato. Assim como os parafusos, o aço inox também tem grande participação: está dentro das casas (cozinhas, pias, talheres e panelas), em eletrodomésticos, eletroeletrônicos, no transporte (carros, motos, caminhões, ônibus, trens etc), nas ruas, prédios comerciais e residências, shoppings centers etc.

O aço inoxidável é uma liga de ferro e cromo (podendo conter níquel, molibdénio e outros elementos), que apresenta propriedades físico-químicas superiores aos aços comuns.
A expressão “aço inoxidável” transmite a ideia de um material que não se destrói mesmo quando submetido aos mais violentos abusos. Porém, este tipo de metal não é eterno, sendo ele altamente resistente à oxidação atmosférica (resiste fortemente à corrosão, quando submetido a um determinado meio ou agente agressivo). Ele apresenta também alta resistência à oxidação em altas temperaturas em relação a outras classes de aços, quando, neste caso em particular, recebe a denominação de aço refratário.

A resistência à oxidação e corrosão deste tipo de aço se deve, principalmente, a presença do cromo, que a partir de um determinado valor e em contato com o oxigênio, permite a formação de uma película extremamente fina de óxido de cromo sobre a superfície do aço, que é impermeável e insolúvel nos meios corrosivos usuais. Desta forma, pode-se definir como aço inoxidável, o grupo de ligas ferrosas resistentes a oxidação e corrosão, que contenham no mínimo 11% de cromo (Cr2O3). Ela é chamada de camada passiva e tem a função de proteger a superfície do aço contra processos corrosivos.

Esta película é aderente e impermeável, isolando o metal abaixo dela do meio agressivo. Assim, deve-se tomar cuidado para não reduzir o teor de cromo dos aços inoxidáveis durante o processamento, conhecido em metalurgia como passivação. Por ser muito fina — cerca de 100 angstrons (medida utilizada para lidar com grandezas da ordem do átomo) — a película tem pouca interação com a luz e permite que o material continue apresentando brilho característico. A resistência à corrosão, as propriedades higienicas e estéticas fazem do aço inoxidável um material atrativo para satisfazer diversos tipos de demandas.

Tipos de aço inox
Podemos classificá-los nos grupos: ferríticos, austeníticos, martensíticos, endurecíveis por precipitação e duplex. As diversas microestruturas dos aços são funções da quantidade dos elementos de liga presentes. Existem basicamente dois grupos de elementos de liga: os que estabilizam a ferrite (Cr, Si, Mo, Ti e Nb) e os que estabilizam a austenite (Ni, C, N e Mn) A composição química junto com o processamento termomecânico, confere aos aços inoxidáveis propriedades diferentes. Assim, cada grupo de aço inox tem uma aplicação:

Austenítico (resistente à corrosão)
Equipamentos para indústria química e petroquímica
Equipamentos para indústria alimentícia e farmacêutica
Construção civil
Baixelas e utensílios domésticos.

Ferrítico (resistente à corrosão, mais barato pornão conter níquel)
Electrodomésticos (fogões, geladeiras etc)
Balcões frigoríficos
Moedas
Indústria automobilística
Talheres
Sinalização visual - placas de sinalização e fachadas

Martensítico (dureza elevada)
Cutelaria
Instrumentos cirúrgicos como bisturi e pinças
Facas de corte
Discos de freio especiais

História do aço inox
O aço inox foi descoberto pelo inglês Harry Brearley (1871- 1948), que aos 12 anos começou a trabalhar como operário numa produtora de aço, na cidade de Sheffield, Inglaterra. Em 1912, a pedido dos fabricantes de armas, Brearley começou a investigar uma liga metálica que apresentasse uma resistência maior ao desgaste que ocorria no interior dos canos das armas de fogo, como resultado do calor liberado pelos gases.

A pesquisa concentrou-se na quantificação dos efeitos da variação dos níveis de carbono (C, em concentração com cerca de 0,2% em peso) e cromo (Cr, na faixa de 6 a15% em peso). No entanto, ao realizar o ataque químico para revelar a microestrutura desses novos aços com altos teores de cromo, Brearley notou que o ácido nítrico – um reativo comum para os aços – não surtia efeito algum.

Desta forma, o pesquisador não obteve uma liga metálica que resistia ao desgaste, mas sim a corrosão. A aplicação imediata foi destinada para a fabricação de talheres que, até então, eram fabricados a partir de aço carbono, e se corroíam com facilidade devido aos ácidos presentes nos alimentos.

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