Case
Walsywa comemora 50 anos
Referência na construção civil, empresa aposta em desenvolvimento de produtos e pessoas para ganhar mercado
João Pedro Schrott, um dos diretores da Walsywa – amplamente conhecida pelos produtos de fixação para construção civil – está no comando geral há 10 anos. Durante esse tempo, a empresa inaugurou 3 filiais, aumentou suas linhas de produtos, inovou no desenvolvimento de sistemas para pessoas e chegou a computar 49% de crescimento ao ano – um verdadeiro boom no negócio.
Em sua 4ª geração, a Walsywa não só coleciona cenários de sucessos como mantém ações para se manter sempre inovadora, tanto em produtos como no atendimento. Conheça mais a seguir.
História
A Walsywa foi fundada em 1964 por um professor do Senai, Walter Zumbano, que identificou uma carência no mercado por produtos nacionais de ferramentas à pólvora. Como essas ferramentas eram importadas na época, Zumbrano achou interessante desenvolver uma fábrica no Brasil. Com isso, a empresa foi crescendo e inventando outros produtos, como a fita perfurada e o chumbador CB (patenteado por 20 anos), um dos mais utilizados no país e também na América Latina.
Juntamente com outros dois sócios, o professor chegou ao nome Walsywa – junção das iniciais de Walter, Sylvano e Wagner. Na década de 80, a empresa chegou a ter 08 unidades no Brasil, além de expandir sua atuação para o exterior, como Argentina, México, Venezuela e Chile. Com a vinda da crise, acabou sendo vendida para o grupo americano Mapri e depois para o grupo Böllhoff. Durante a gestão Böllhoff, a Walsywa introduziu a fixação química no país. Logo após, no final de 2003, foi adquirida por Wolfgang Schrott (pai de João) e seu sócio Raul Martinelli, onde começaram a 4ª geração de direção da empresa. Ambos eram executivos na Böllhoff e fizeram um MBO (Management Buy Out).
Hoje
“Quando começamos a empresa na nova fase, procuramos montar uma empresa muito mais eficiente e enxuta do que era antes. Identificamos o que nos diferenciava no mercado e focamos em fortalecer isso, como o desenvolvimento de produtos, mercados, pessoas, treinamentos e o planejamento logístico”, explicou João. Uma das grandes melhorias foi a profissionalização da estrutura e equipe, o que preparou a empresa para o crescimento. “Fizemos uma pesquisa do que os grandes líderes mundiais faziam para desenvolver as pessoas e o que poderia ser adequado a nossa realidade. Foi um projeto que levou 2 anos mas traz benefícios até hoje. Inclusive, tivemos visitas de empresas de outros países que ouviram falar das nossas ferramentas de gestão e vieram pra conhecer”.
Com matriz na cidade de Louveira, interior de SP, a Walsywa conta com mais três filiais: Piçarras /SC, Camanducaia/MG e Jabotoão/PE. Possui 35 famílias de produtos e comercializa mais de 30 milhões de fixadores por mês, sendo que sua atividade é mista: possui produtos de fabricação própria e importados. “Nós já tivemos fábrica de chumbadores, pinos e parafusos. Mas hoje não tem como competir com o mercado de importação”, comentou Schrott. Conta com 100 colaboradores, uma equipe externa de 80 pessoas e mais de 6 mil clientes ativos em carteira, que vão desde indústrias a construtoras, lojistas e revendas. Ainda, segundo o diretor, a Walsywa foi a primeira empresa brasileira de fixação a fazer parte do Green Building – empresa que fomenta a indústria de construção sustentável no Brasil. Também é certificada pelo ETA (Electronics Technicians Association), órgão referência mundial em atestar produtos.
Inovação e Investimentos
A empresa se considera uma das referências mais fortes no mercado no que diz à inovação. O seu plano, que é trienal, prevê investimento entre R$ 1 e R$ 2 milhões em desenvolvimento global. Entre seus grandes feitos estão a implantação de um sistema para pedido remoto, aumento de 140 itens da linha de produtos inox, lançamento de um aplicativo para especificação de chumbador químico, investimentos em acessórios para ferramentaria e a ampliação de 2 mil m² da unidade de Santa Catarina.
Ainda, no final de 2014, anunciou o lançamento de um novo produto que substitui a abraçadeira para tubulação. Trata-se do suporte com trava, uma espécie de “garra” que promete otimizar tempo e facilitar a instalação. “O tempo de instalação foi reduzido para um terço do convencional, além de ser um sistema reutilizável e adaptável. Possui limite de peso de 25Kg”, descreveu Schrott. Para 2015, o diretor planeja fazer uma reforma na matriz em Louveira e lançar algumas novidades dentro da fixação à gás, componentes e acessórios.
Como conquistar mercado
Um dos diferenciais da Walsywa é seu empenho em fornecer materiais de apoio para os clientes. Entre eles estão a criação de aplicativos, selos e vídeos que têm função de orientar sobre os produtos da empresa, pois um dos desafios mais mencionados por Schrott é o cliente entender onde e para que o produto serve. “Criamos um sistema de selo em 2014, chamado selo VOC – Composto Orgânico Volátil. Nos baseamos na ideia das etiquetas de consumo de energia de eletrodomésticos, pois são didáticos. Logo, o selo é a garantia da quantidade controlada do composto e, de acordo com a sua especificação, tomar os devidos cuidados. Seria interessante, inclusive, se todas as empresas usassem, pois faria o mercado crescer – além de contribuir para o uso de certificações para os produtos”, finalizou. |