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SINPA – Retrospectiva 2013 e Perspectivas 2014
De maneira geral, podemos considerar que, ao final de 2013, o setor terá performance no mesmo nível de 2012, a despeito de todas as dificuldades que se apresentaram para o setor industrial como um todo e, por consequência, também para o nosso mercado de elementos de fixação:
• PIB com crescimento da ordem de 2,5% (bem menor do que o desejado)
• Inflação muito próxima do limite máximo da banda (5,95%)
• Aumento de custos dos insumos decorrentes da inflação e aumento da mão de obra acima da inflação sem a contra partida de aumento de produtividade
• Câmbio depreciado facilitando a importação e dificultando a exportação
• Economias da Europa e Estados Unidos ainda em fase de recuperação
É perfeitamente compreensível que todos esses obstáculos impedem a recuperação da competitividade na velocidade necessária.
No entanto, devemos reconhecer que algumas intervenções pontuais feitas pelo governo, reconhecendo e atendendo veementes apelos das indústrias de transformação, como a desoneração da folha de pagamento, redução dos juros durante boa parte do ano, redução do custo de energia elétrica, maior fiscalização visando coibir ilícitos nas importações, reduções temporárias de IPI para alguns setores e o programa Inovar-Auto vieram atenuar as dificuldades, propiciando para o setor um ano de 2013 razoável.
Como perspectivas para 2014, podemos citar:
• A indústria automobilística confirmou investimentos já anteriormente informados da ordem de 60 bilhões de reais para até 2017, tanto dos novos entrantes como dos aqui já instalados, elevando a capacidade instalada para 5,7 a 6,0 milhões de unidades/ ano, investimentos respaldados pelo potencial do mercado interno e também pelas intervenções pontuais do governo (Inovar-Auto, reduções temporárias de IPI, estimulo às exportações)
• Previsão de novos recordes da agroindústria
• O governo sinaliza que continuará implementando atuações no sentido de manter controle rígido da inflação e desonerações pontuais da economia (sempre conforme pleitos tecnicamente fundamentados dos setores organizados da economia)
• Investimentos significativos e necessários nas obras de infraestrutura, reduzindo os custos de logísticas, etc
À luz desse cenário, podemos esperar, para 2014, crescimento modesto da ordem de 2,5%, porém com maior sustentabilidade, criando condições para crescimentos contínuos para os próximos anos em patamares próximos a 3% ao ano.
Para finalizar, posso assegurar que a diretoria do SINPA continuará trabalhando focada para que o setor de elementos de fixação tenha representatividade plena junto tanto aos órgãos governamentais quanto aos demais setores da economia, defendendo os justos interesses do setor para garantir segurança nos contínuos investimentos e a busca da necessária competitividade global.
José Gianesi Sobrinho
Presidente do Sindicato Nacional da Industria de Parafusos - SINPA
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