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Alemã fischer ministra palestra sobre chumbadores químicos e mecânicos
Em sua primeira visita ao Brasil, engenheiro chefe internacional da empresa demonstrou em evento como utilizar fixações seguras para evitar perdas e riscos
A fischer – empresa alemã especialista em sistemas de fixação – organizou em agosto deste ano, no Institutode Engenharia de São Paulo, SP, a palestra “Chumbadores– por que correr riscos?”, ministrada pelo chefe internacional do departamento técnico, Joachim Mauz. Entre os temas abordados, se destacavam: tipos e princípios das fixações; diferenças entre fixações mecânicas e químicas e tipos de resinas; certificado e a sua importância; teoria e dimensionamento das fixações; softwares para cálculo de fixações Compufix e Rebarfix; e apresentação de casos.
Especialista em engenharia de fixações e cálculos de vergalhões pós-instaladas e fixações de estruturas metálicas, Mauz atua na empresa há 17 anos como engenheiro de pesquisa e desenvolvimento para ancoragens mecânicas e químicas, sendo titular e co-proprietário de várias patentes no segmento. Trabalhou com chefe de consultoria e suporte técnico internacional da fischer,tendo realizado especificações técnicas para projetos de larga escala como o Metrô e o Aeroporto de Dubai. “Foi a primeira vez em que estive no Brasil e fiquei muito surpreso com o que vi por aqui. Sem dúvida o país está em destaque, pois possui um volume de mega projetos impressionantes e profissionais técnicos com um nível fantástico” afirma Mauz.
Durante sua apresentação, Mauz apontou o fato do mercado brasileiro ser um tanto deficiente, quando o assunto é fixação, além de não contar com uma norma em vigor atualizada e que abrange o conhecimento técnico, hoje aplicado em boa parte do resto do mundo. “Mesmo o Brasil não praticando os conhecimentos estudados lá fora, um grande facilitador é o saber técnico dos engenheiros brasileiros, o qual é muito elevado. Sendo assim, fica muito fácil mostrar a importância que uma fixação tem na segurança, durabilidade e desempenho de uma estrutura ou equipamento”, declara.
Outros dois pontos abordados foram a questão da aprovação dos produtos de fixação e o tão usado “teste de arranque”. Quanto da aprovação, Mauz afirma que aqui é muito comum algumas empresas fornecerem certificados baseados em um conjunto limitado de testes e situações não fornecendo dados suficientes para um dimensionamento seguro da fixação. “Uma aprovação obriga um controle de qualidade da produção pois atesta a sua performance. Para se ter uma ideia, uma família de chumbadores mecânicos (todas as medidas de um mesmo tipo), depois de seu desenvolvimento, pode levar até dois anos e algumas centenas de milhares de euros. E, mesmo assim, vale ressaltar que até as fixações, que possuem o mesmo tipo de aprovação, podem ter desempenhos muito diferentes”, frisa. Já o “teste de arranque” foi mencionado porque é uma prática muito comum no Brasil e utilizada por empresas que não querem investir em uma aprovação do produto. O teste nada mais é do que um ensaio realizado com o uso de um macaco hidráulico e que visa determinar a carga de tração que uma fixação suporta. “O grande problema é que, muitas vezes, o teste é realizado de forma errada e, mesmo quando feito de forma correta, atesta um universo extremamente limitado da fixação. Por isso, serve apenas para testar o material base (quando se desconhece as características) e para testar a qualidade da instalação do chumbador”, explica Mauz.
Além da preocupação com a qualidade e aplicação dos fixadores, o engenheiro também citou a importância com qual o assunto é tratado e o seu valor.“Muitas vezes se dá uma atenção enorme às estruturas de concreto e aço, bem como aos equipamentos, sem levarem consideração que a fixação tem o mesmo nível de importância. Uma corrente é tão forte quanto o seu elo mais fraco, ou seja, de nada adianta se preocupar com tudo e economizar em algo tão importante”, finaliza. |