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Editorial
30/08/2009 09h00

Prezado leitor,

Quero relembrar, em uma rápida cronologia, a recente crise financeira, causadora da crise econômica mundial. Um pouco antes de 2006, quando a taxa de juros subiu de 1% para mais de 5% ao ano, o mercado imobiliário americano começou a apresentar problemas, onde os preços dos imóveis caíram, gerando aumento na inadimplência de mutuários tomadores de empréstimos através de hipotecas de alto risco, conhecidas como “subprimes”. Vários foram os acontecimentos neste período, até que em julho de 2008, as autoridades finaceiras abriram os cofres para socorrer os gigantes do setor de hipotecas: o Fannie Mae e o Freddie Mac, estatizando-os em setembro do mesmo ano, algo antes “impensável” para o país de Milton Friedman (ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1976 e árduo defensor do liberalismo econômico).

Segundo Friedman, um governo deve se ater apenas em três funções básicas: 1º - na defesa nacional; 2º - no Poder Judiciário, e 3º - na defesa da propriedade privada. Nas demais funções o mercado “resolve sozinho e bem melhor”. O problema é que o Fannie Mae e Freddie Mac eram responsáveis por quase metade das hipotecas americanas, com mais de US$ 5 trilhões em financiamentos, cerca de três vezes o PIB brasileiro. A situação já ia mal, afetando a Europa e Ásia, as instituições e a “confiança de cada agente”, seja ele pequeno, médio ou grande. As taxas de desemprego nos Estados Unidos, por exemplo, atingiam números vistos na crise de 1929, e após a segunda guerra. Aí veio o capítulo “Lehman Brothers”, o quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos (com mais de 10 mil funcionários) que, depois de buscar um comprador, faliu e foi vendido em partes, para o banco inglês Barclays.

Enfim, foram “diversas chuvas e trovoadas”, antes, durante e depois, incluindo outros gigantes como o Merrill Lynch, AIG, Washington Mutual (WaMu), que se espalhou e causou, aqui no Brasil, o pior primeiro semestre na indústria desde 1975, além dos estragos já no final de 2008, afetando todos os setores da economia; um puxando o outro para baixo. Hoje, podemos acreditar que o pior já passou, até porque temos uma retomada da “confiança” (palavra muito exaltada pelo ex-ministro Delfim Neto), algo essencial em tudo: na economia, no trabalho, na saúde, no lar etc. Nesta edição, marcada pelo alívio, queremos reafirmar o nosso otimismo com a economia e o País. Mas o que aconteceu foi realmente sério e nos ensinou bastante, pelo menos para quem reconhece na prática a importância em aprender, sempre.


Boa leitura
Sérgio Milatias

milatias@revistadoparafuso.com.br

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