Workshop realizado pela Coventya
Workshop, realizado pela Coventya, busca aproximação entre o mercado de tratamento superficial e as montadoras
No dia 3 de dezembro, o Senai Mário Amato, em São Bernardo do Campo (SP), foi o palco onde as principais montadoras do País se reuniram com profissionais do mercado de tratamento superficial para discutir as tendências e necessidades do setor. Corrosão branca, zincagem, rejeição de peças, acabamento, entre outros pontos foram os destaques do evento. Segundo o gerente de marketing da Coventya, Raul Grobel, esta é uma ótima oportunidade de estabelecer contato com as montadoras e aproximá-las do meio, “mesmo sabendo que na cadeia produtiva não somos os Tiers 1, 2, mas necessitamos dessa aproximação para facilitar as atividades dos nossos clientes (Job Platers) dos Tier 1 (autopeças etc.) que, muitas vezes, apresentam um acabamento muito além do que é exigido, onerando custos e indo na contramão do que é apresentado pelas indústrias européias”.
Raul Grobel: gerente de marketing da Coventya foi o coordenador dos trabalhos
A coordenação dos trabalhos ficou por conta do gerente de marketing da Coventya e a mesa debatedora foi composta por Rainer Venz, diretor e Key Industry Manager da Coventya; Júlio Cordeiro, Analista de Produto Sênior da Fiat; Maurício Corrêa, Químico Sênior Experimental do Laboratório de Tratamento de Superfície e Corrosão da General Motors; Ederson Calsavara, Engenheiro de Desenvolvimento de Fornecedores da Volvo; Fábio Olivier, Coordenador da Engenharia de Tratamento de Superfície da Volkswagen; André Tognetti, Químico Responsável e Especialista em Tratamento de Superfície da Scania; Danielle Silva, Analista de Estudos da Corrosão da Renault; e Fabiana Rodrigues, Assistente Técnica do Controle da Qualidade da Moto Honda.
Alan Ruffini, novo CTO da Coventya: "Desejamos uma relação mais amigavél com nossos clientes"
Durante o evento, Rainer Venz, apresentou uma série de produtos e suas características e benefícios, onde afirmou que “o fixador é muito mais do que um parafuso” e destacou a importância da proteção anticorrosiva junto com o aspecto visual. O CTO Jean Jacques Duprat aproveitou para se despedir da Coventya, empresa que desenvolveu produtos usados mundialmente e se tornará consultor do grupo no ano que vem. O fundador da Sirius (EUA, especializada no segmento de Ni Químico, adquirida pela Coventya), Alan Ruffini, assumirá o cargo de Duprat.
Rainer Venz, diretor e Key Industry Manager da Coventya
A Revista do Parafuso acompanhou o debate e trouxe para esta edição alguns dos principais pontos tratados, onde cada uma das perguntas – oriundas do dia-dia do Job Platers da Coventya – , era feita pelo coordenador Raul Grobel e respondida por cada um dos representantes das montadoras. Confira algumas repostas a seguir:
“Ponto preto é ou não considerado corrosão?”
“Ponto preto não é corrosão, sendo que o óxido de zinco só ocorre após a zincagem”.
Jean Jacques Duprat
Coventya
“Após a zincagem, o que é mais importante entre o que diz a norma sobre o aspecto visual da peça?”
“Estar de acordo com as normas técnicas é o mais importante numa peça pós a zincagem, pois elas são mensuráveis podendo ser mais controláveis através de testes como o Salt Spray, entre outros. Com o aspecto visual é mais difícil, porém os lotes não podem variar muito”.
Maurício Corrêa
GM
“Quando teremos novidades em acabamento zinco-níquel, já que na Fiat predomina o orgânico-metálico?”
“Usamos pouco zinco-níquel nos acabamentos devido ao alto preço em comparação ao orgânico-metálico.”
Júlio Cordeiro
Fiat
“Quando a Renault utilizará nossos Platers?”
“A Renault está buscando a nacionalização das peças no Brasil, porém, 60% dos parafusos são em zinco-níquel, um custo ainda muito alto e, ainda, preferimos importar da Europa”.
Danielle Silva
Renault
”Deve haver rejeição em peças com variação no brilho?”
“A Volkswagen não especifica tonalidades, porém elas não podem gerar dúvidas. Então não há rejeição de peças menos brilhantes que em lotes anteriores. Em caso de alteração, a Volkswagen deve ser comunicada”.
Fábio Olivier
Volkswagen
“As normas são claras para quem às recebe?”
“Reconhecemos que as normas não são de fácil interpretação, sendo que uma delas se destina aos fixadores”.
Ederson Calsavara
Volvo
“Corrosão branca é considerada na cabeça, no corpo ou na rosca?”
“Fazemos a avaliação da corrosão branca na cabeça, no corpo e na rosca dos fixadores que ficam expostos. Quanto à transição de hexavalente para trivalente já estamos trabalhando nisso, porém todos os testes realizados foram rejeitados. A substituição só ocorrerá quando a qualidade atingir o ponto desejado”.
André Tognetti
Scania
“Ponto preto numa peça de outra cor causa ou não rejeição?”
“Ponto preto é corrosão sim! A superfície deve estar bem protegida, até porque muitas das nossas peças ficam expostas”
Fabiana Rodrigues
Moto Honda
|