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Eventos - Senafor Conferências
18/02/2011 05h03

 

Eventos

 

30º Senafor
Conferências para o futuro

  

 Desde 1982, o Senafor é promovido anualmente, e conta com a participação de pesquisadores nacionais e internacionais, e representantes de empresas ligadas à área de metal mecânica.
São pessoas que atuam no forjamento, conformação de chapas e metalurgia do pó

 

 De 20 a 22 de outubro, aconteceu no Centro de Eventos São José, do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, RS, o 30º Senafor, que englobou a 14ª Conferência Internacional de Forjamento Brasil e 13ª Conferência Nacional de Conformação de Chapas, 7º Encontro de Metalurgia do Pó e a 1ª Conferência Internacional de Metalurgia do Pó. Devido ao crescimento e em comemoração aos 30 anos do evento, a organização motivou-se a realizá-lo em um local amplo e localizado no centro da capital gaúcha. O Senafor ofereceu aos participantes apresentações de trabalhos técnicos e científicos, visitas em algumas indústrias da região e demonstração de produtos e serviços (feira com estandes). Os números abaixo comprovam a importância desta reunião: em 2010, registrou-se 312 participantes e 115 empresas, representando a Alemanha, Argentina, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Portugal, Rússia e Suíça.

                                                                                                                                     

O presidente do Senafor, o Prof. Dr. Eng. Lírio Schaeffer, abriu os trabalhos desta 30ª edição. Ele destacou a importância do evento, lembrando que o dia a dia dos produtores nacionais não é fácil, citando que o Brasil tem uma das maiores reservas de minério do mundo e, infelizmente, não consegue exportar, por exemplo, um alicate, em razão de tantos entraves. Também falou para a plateia o Prof. Eng. Paulo Regner, presidente de honra e pioneiro do Senafor, e ex-diretor da Albarus (atual Dana).

Na sequência, o Secretário de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Júlio César Ferst, abordou questões e ações do cargo que ocupa, e comentou sobre o valor do governo estadual em participar como agente de incentivo da indústria e comércio. Segundo ele, a secretaria de “Ciência e Tecnologia”, poderia ter a nomenclatura alterada para “Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior”.

Ferst citou alguns incentivos por parte do governo gaúcho, dentre eles uma isenção que pode alcançar até 75%, destinado às empresas que comprovem altos níveis de inovação. Entidades públicas, ligadas à secretaria, participam destas ações, dentre elas a Fundação de Ciência e Tecnologia, “Cientec”; Fundação de Apoio a Pesquisa do Rio Grande do Sul, “Fapergs”; Universidade Federal do Rio Grande do Sul, “UFRGS”, e também a Fundação de Pesquisa Agropecuária, “Fepagro”, afinal, o agronegócio é uma atividade tradicional e significativa no Estado, tendo esta entidade 90 anos.

O secretário também destacou a importância da criação da “Lei de Inovação” (13.196, 13 de julho de 2009), onde uma das ações iniciais foi o “Programa Pró Inovação“. Contudo, procurou demonstrar as ações públicas, visando apoiar e valorizar as empresas e o “capital humano”, como caminho único na direção ao futuro melhor.

Dentre as palestras técnicas realizadas no Senafor, a reportagem da Revista do Parafuso, selecionou algumas, para que você, caro leitor, fique por dentro das últimas novidades deste mercado:

                                                                                                                                                                                                                  

Introdução  histórica  aos  processos  de forjaria e cutelaria  e estudo de casos do Rio Grande do Sul

Apresentação:  Prof. Arno Müller                                          

Instituição: Departamento de Metalurgia – UFRGS (Brasil) 

www.ufrgs.br

A história da conformação dos metais no Mundo foi construída literalmente com “habilidade, força, ferro e fogo”.

Habilidade: o ato de conformar um objeto mediante ao uso da força muscular (que antigamente pensavase ser uma qualidade exclusiva dos homens) está presente em inúmeros exemplos que mostram serem os animais capazes de fazê-lo, também quando necessitam solucionar seus problemas. Um deles é o martelar nozes para extrair o fruto praticado por chimpanzés. Eles o fazem dentro de “normas técnicas” que envolvem a escolha do martelo (pedra oblonga) e da matriz (pedra com fratura conchoidal). Sabe-se também que somente alguns “iniciados” conseguem fazê-lo, enquanto os outros só observam sem entender do que se trata. Também se sabe que um chimpanzé para ser “iniciado” deve ter no máximo cinco anos de idade, pois sendo mais velho não consegue mais aprender o “ofício”. Talvez se possa dizer que ele se encontra no estágio do Homo habilis que viveu no Período Paleolítico da Pedra Lascada, há 2 milhões de anos a.C, e já confeccionava e utilizava ferramentas simples.

Materiais: os primeiros materiais conformados foram: madeira, barro e pedra. 

Os metais foram os últimos a aparecerem no cenário. O desenvolvimento da forma dos objetos foi, primeiramente, realizado pelo Homo sapiens, nossa espécie, 150 mil anos a.C, que era capaz de se expressar fazendo desenhos rupestres e moldando fi guras em barro ou pedra. O fogo: com o domínio do fogo foi possível desenvolver a cerâmica cozida e a artesania em metais. O Homo erectus já dominava por volta de 2 milhões de anos a.C. A fonte primitiva deve ter sido os incêndios florestais e os derramamentos de lavas  vulcânicas   incandescentes. O professor abordou também os pioneiros de forjaria e cutelaria no Rio Grande do Sul, dentre eles Abramo Eberle (1880-1945), dando origem a Eberle S/A; Valentin Tramontina (1901-1939), sucedido pela viúva Elisa Tramontina; Ricardo Bruno Albarus (1899-1995), atual Dana; os irmãos Zivi, hoje dona das marcas Hércules e Mundial; Gedore, cujo nome forma: composto das sílabas GE (de Gebrüder – irmão em alemão), DO (do nome de um dos fundadores, Otto Dowitdat, ao lado Karl Willi) e RE, do nome da cidade de origem Remschied, Alemanha. Isso começou em 1919; passando por Taurus, Randon e outras.

                                                                                                                                                               

Otimização  baseada em  simulação do processo de                 forjamento a quente para evitar uma dobra, usando             simufact.forming

Apresentação: Arjaan Buijk

Instituição: Simufact-Americas LLC;Cornell Forge (EUA)


arjaan.buijk@simufact-americas.com

 

Na linha dos softwares de simulação numérica, o palestrante apresentou slides com imagens e textos combinados com filme – em uma aparente e conveniência  tendência, do ponto de vista didático, algo que ocorreu com outros palestrantes – onde através da imagem animada e colorida, fora solucionado um problema de dobra durante o forjamento.

 

                                                                                                                                                                                                                 

Otimização automática dos processos de forjamento em matriz aberta e fechada com o uso de simulação numérica 

 

Apresentação: Lionel Abric 

Instituição: Transvalor (França)

www.transvalor.com

Cada vez mais presente no dia a dia das indústrias, a simulação numérica tornou-se essencial. As formas tradicionais (tentativa e erro) tem se mostrado morosas e caras. O software de simulação Forge 2009 permite prever possíveis rupturas em vários estágios do forjamento, poupando tempo e dinheiro, evitando ou prevenindo quebras de ferramentas e produção de produto defeituoso. Os softwares estão cada vez mais integrados as diversas fases, desde o projeto da peça (podendo ser acoplado ao CAD).

O palestrante Lionel Abric, apresentou três casos práticos com o uso do software, um deles mostrou que a simulação do forjamento de um virabrequim, permitiu uma redução do uso de matéria prima, número que alcançou 19 kg menos no uso do aço por peça

 

Simulação de casos de falhas na conformação a frio

 

Apresentação: Norberto de Souza

Instituição: CPM GmbH (Alemanha) / Consultec (Brasil)

nvsouza@terra.com.br

 

A potencialidade da análise através de elementos finitos ficou evidenciada nesta apresentação, onde foram mostradas várias aplicações industriais, utilizando-se a simulação através do método de elementos finitos (FEM) para resolver problemas existentes de quebra de ferramentas.

Através do conhecimento adquirido neste processo, os engenheiros tornam-se aptos a prever tais tipos de problemas já na fase de projeto, evitando que eles venham a ocorrer futuramente, na produção. Desta forma, vultosos custos podem ser evitados.

O objetivo do uso do FEA é, justamente, capacitar os engenheiros de projeto a desenvolver ferramentas de longa vida útil através da utilização de softwares de simulação, em substituição aos onerosos procedimentos de tentativa e erro.

Para análise dos casos industriais apresentados, foram utilizados os softwares "eesy-2-form" (versão 2D) e "eesy-DieOpt" (cálculo e otimização de encarcaçamentos de ferramentas). A CPM dispõe também do eesy-form" (versão 3D) , para simulação de casos tridimensionais. 

É importante ressaltar que todas as  análises elásticas das ferramentas em questão, foram realizadas utilizando-se as versões básicas desses softwares, disponibilizadas a todos os clientes CPM, não havendo necessidade de nenhum módulo ou versão especial.

 

                                                                                                                                                                                                           

Estudo de resistência a ruptura dos aços rápidos em diferentes faixas de dureza                      

Apresentação: Ricardo Blau 

Instituição: Assessoritec / Sociesc – SC


ricardo.blau@ciser.com.br

 

Os aços rápidos ou aços termoestáveis endurecidos por carbonetos são aços para a fabricação de ferramentas de corte. Mas devido as suas características mecânicas, onde combinam bons resultados de resistência mecânica e ao desgaste, são amplamente utilizados para a fabricação de ferramentas de forjamento a frio. O presente trabalho investiga a resistência à ruptura transversal, através de ensaio de flexão em três pontos dos aços ferramenta AISI M2 e AISI M42, submetidos a diferentes ciclos de tratamento térmico. A seleção incorreta do material e da faixa, interferem diretamente no desempenho da ferramenta.

O trabalho possibilita mostrar as diferenças de propriedades mecânicas em função das variações de dureza nestes aços e a utilização destes valores como critério de projeto de ferramentas utilizadas no processo de forjamento a frio.

Conclui-se que o AISI M2 aumenta a resistência à ruptura transversal linearmente com o aumento da dureza, enquanto o AISI M42 diminui esta mesma resistência com o aumento da dureza.

Os maiores valores de resistência à ruptura transversal do AISI M2, ocorrem com a dureza 66HRC, enquanto com o AISI M42, incide com a dureza 66HRC. 

Assim, para a fabricação de ferramentas de forjamento a frio, devem ser utilizadas as faixas de dureza com os maiores valores de resistência à ruptura transversal, desde que elas sejam submetidas a estes esforços.

 

Sistemas tribológicos que não agridem o meio ambiente para processos de forjamento

Apresentação: Prof. Niels Bay

Instituição: Departamento de Engenharia
Mecânica (Technical University of Denmark)


nbay@mek.dtu.dk
 

O professor Bay (Msc., PhD. e Dsc.), abordou a crescente conscientização das questões ambientais e os requisitos para estabelecer soluções que reduzam o impacto sobre o ambiente de trabalho, bem como o ambiente externo. Para isso, foram iniciados esforços ao desenvolvimento de novos sistemas tribológicos ambientalmente benigna para o metal formando.

O tema apresenta uma síntese desses esforços, substituindo perigosos lubrificantes para forjamento frio e quente. Conteúdo foi extraído do paper keynote, escrito pelo autor,  juntamente  com oito co-autores referindo-se a papers e outras informações de mais de 30 laboratórios de pesquisa e indústrias diferentes no mundo, como a Honda e Toyota.

 

                                                                                                                                                                                                          

Mecanismos de aumento de temperabilidade em aços ao boro PL22

Apresentação: Cássio Suski

Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil)

cassio_suski@hotmail.com

 

O trabalho teve como objetivo principal estudar o mecanismo de aumento de temperabilidade do boro no aço PL22, através da análise da microestrutura e das propriedades mecânicas durante a têmpera destes aços.Foram utilizadas três temperaturas de austenitização, 870 °C, 1050 °C e 1200 °C, com posterior resfriamento em óleo a 80 °C.

Os aços foram analisados através de análise microestrutural por microscopia óptica, eletrônica de varredura (MEV) e de transmissão, bem como ensaios mecânicos de tração e dureza. Os resultados mostram a variação das microestruturas e das propriedades mecânicas em função da temperatura de austenitização e da presença de precipitados.

Para a temperatura de austenitização de 870 °C percebe-se a presença de uma maior quantidade de borocarbonetos Fe23(C,B)6 grosseiros, que possibilitam a formação de bainita e Fe3C, reduzindo as propriedades mecânicas do aço PL22.Na austenitização à 1050 °C, obteve-se as melhores condições de propriedades mecânicas (limites de escoamento e de resistência). Isto se deve a precipitação de borocarbonetos Fe23(C,B)6 refinados, garantindo uma maior temperabilidade ao aço, com estrutura martensítica.

Para a austenitização a 1200 °C, percebe-se que há uma redução da quantidade dos precipitados Fe23(C,B)6 refinados, pois se inicia o processo de dissolução, reduzindo a temperabilidade e, consequentemente, os limites de escoamento e de resistência. Além disso, inicia-se a precipitação de Fe3C e a formação de bainita que favorecem a redução das propriedades mecânicas. A precipitação pode ter ocorrido durante a têmpera (auto-revenido), ou seja, o precipitado inicialmente é dissolvido e reprecipita durante o resfriamento da têmpera.

 

Estudo do efeito do polimento na vida útil de pinos furadores revestidos com nitreto do titânio

Apresentação: Jackson Dal Comuni,

Instituição: Ciser Parafusos e Porcas (Brasil)

jackson.comuni@ciser.com.br

 

O trabalho apresentado teve como objetivo estudar o efeito do polimento na vida de ferramentas revestidas com nitreto de titânio. As avaliações foram realizadas em pinos furadores, utilizados no processo de forjamento a frio de porcas sextavadas. Também foram realizadas análises em escala laboratorial, através da realização do ensaio de desgaste de corpos de prova padronizados e revestidos com nitreto de titânio, segundo a norma ASTM G 99 – Ensaio de Desgaste Pino - sobre - Disco. A falta da definição de um padrão de polimento nas ferramentas, antes da aplicação do revestimento de nitreto de titânio, promove oscilações na vida em serviço. Os polimentos foram realizados com lixa, depois com madeira e pasta diamantada e, finalmente com feltro e pasta diamantada.

Os resultados em peças produzidas foram, em média, 25 mil com lixa; 55 mil com madeira e 148 mil com feltro, provando que polimentos realizados de forma criteriosa e de  qualidade, propicia um melhor desempenho da ferramenta, considerando a resistência ao desgaste.

 

                                                                                                                                                                                                        

Tendências e inovações na lubrificação para a conformação a frio

Apresentação: Peter Zwez

Instituição: Zwez-Chemie (Alemanha)


www.zwez.de

 

As tecnologias atuais de produção de peças ou blanks por prensagem de arame fosfatizado, através de constantes e importantes medidas, atingem cada vez melhores resultados com redução de custos e preços.

O jateamento de peças substitui perfeitamente a decapagem química, poupando-se tempo, espaço, dinheiro e também reduz drasticamente o comprometimento do meio-ambiente. Ao mesmo tempo desenvolve-se melhorias nos processos de lubrificantes e aumenta-se a vida útil das ferramentas.

Por meio de um novo produto para a fosfatização de arames diminui-se o consumo, bem como a produção de lama dos banhos e instala-se a concentração devida na espessura das camadas, exatamente de acordo com a necessidade da conformação.

Podemos atualmente conformar peças ou blanks, previamente jateados, sem fosfatização. Além disso, apresentamos um novo processo de revestimento de peças por utilização de um sistema denominado ” In Line-System”.

Durante sua palestra convidou o professor Niels Bay para falar sobre o encontro International Cold Forming Group – ICFG, que ocorrerá na Dinamarca, em 2011. Bay, além de expor informações sobre o evento, transmitiu saudações aos brasileiros em nome do professor Erman Tekkaya, do ICFG.
 

 

 

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