Alguém grita “Fogo! Fogo!” e um menino pega um balde, passando-o para uma pessoa que o enche d’água e passa para outra pessoa, que passa para outra pessoa e, como numa corrente, passa para outra pessoa até que o último, próximo do fogo, o apaga. Pergunta-se: Quem apagou o fogo? Dizem que a propaganda é a alma do negócio. Mentira! Em teoria, uma empresa que conta com bons produtos, preços competitivos, propaganda adequada e distribuição eficiente terá sucesso garantido.
Na prática, não podemos tomar esta afirmação como verdadeira. O segredo está na correta compreensão do significado da palavra promoção. Ela está assim dividida: “pró” quer dizer a favor, em defesa; e “moção” é o ato ou efeito de mover. A teoria de marketing coloca promoção de vendas, propaganda, força de vendas, relações públicas, entre outras atividades, sob um mesmo guarda-chuva: o da promoção. Daí a crença de que a propaganda seria a alma do negócio. A prática nos revela que promoção é todo esforço a favor do movimento. Promoção é fazer acontecer; é o “empurrão” necessário para que um plano saia da gaveta, um vendedor saia a campo e um produto saia do estoque.
Esta disposição de “fazer acontecer” depende do esforço humano e muitas vezes é confundido com o papel do líder. Em uma equipe de trabalho todos são responsáveis por “fazer acontecer”. O sucesso passa necessariamente pelo conhecimento, a disposição e a motivação de atingir metas e objetivos. Tais virtudes têm um único e poderoso inimigo: a preguiça. Sendo assim, podemos concluir que a alma do negócio está nas “mangas arregaçadas”.
Hans Müller é sócio-diretor da White Oak Marketing
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