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30/06/2008 03h03

Vivendo Enxuto

A manufatura enxuta está sendo implantada em muitas empresas de diversos setores no Brasil, mas quando começamos a implantar essa filosofia em 2006 na galvânica da Robert Bosch - Campinas - surgiu a grande dúvida: será que isso vai funcionar para produção em “batelada” ? Como “puxar” a produção sem ter estoques intermediários? Como produzir uma peça de cada vez se o tanque para galvanização comporta centenas ou milhares de peças?

Em vez de procurar respostas teóricas, apostamos que a prática nos responderia. Uma das primeiras providências foi criar uma área para trabalhar o conceito. Não apenas um espaço físico para colocar os dados, reunir o pessoal ou talvez alojar o coordenador; mas uma sala de aprendizado, onde todos os envolvidos se encontrariam com suas dúvidas e sem medos inúteis. Alias, não tínhamos um coordenador. Ao ser questionado pelo diretor a respeito disso, respondia simplesmente que nós todos éramos responsáveis pela implantação. Aposta temerária ou corajosa, o tempo diria.
Mas logo os resultados provaram que a vontade de aprender supera em muito a falta do professor formal. Tornamo-nos especialistas em pedir dicas, visitar outras A manufatura lean ou enxuta é a filosofia desenvolvida pela Toyota para administrar a produção. Seu maior princípio é : “ O cliente define o que é valor, e o que não é valor é desperdício “ áreas, copiar soluções por vezes díspares, sem o menor preconceito e gastando o mínimo do mínimo. Afinal para manter o negócio de galvânica é preciso ter custo muito competitivo, mas sem abrir mão da legalidade ambiental.
Implantamos o conceito da “puxada de apoio técnico”, pelo qual os times das linhas de produção informam, através de kanbans (cartões) a necessidade da presença do técnico adequado na reunião matinal. Assim, toda manhã, o escritório se encontrava na fábrica, via a situação no quadro geral com todos os kanbans da puxada técnica, cada qual retirava os que lhe cabiam e participava da reunião na linha. Além de suportar e orientar, o desafio foi ouvir, ver e perceber o que se passava. Existem excelentes ferramentas para acompanhar o clima como, por exemplo, o quadro indicador do humor de cada funcionário, mas ir ao encontro das pessoas requer também sensibilidade.
As metas e resultados foram expostas em quadros bem próximos à área do café. Tínhamos consciência de que, como em qualquer ciência, o gráfico é uma pequena fotografia da verdade: muito útil, mas insuficiente. Por isso a transparência foi aprimorada a cada dia, em todos os meios de comunicação, especialmente o contato direto entre pessoas. A dúvida exposta, quando bem recebida, gera credibilidade e compromisso.
Desde criança fomos treinados a responder, mas a experiência como professor me ensinou como é difícil fazer perguntas e elaborar uma boa prova. Ao longo dos meses nos demos conta do tesouro que recebemos: excelentes perguntas. Através de reuniões semanais o grupo de implantação foi estudando conceitos, ações e resultados. O debate entre teoria e prática nos ofereceu a maioria das respostas. Descobrimos, também, que nem todas as ferramentas são imutáveis ou essenciais. Existem bons caminhos conhecidos e outros tantos a se descobrir. Nós estávamos desbravando o caminho da fabricação enxuta para a galvanoplastia.
No final de 2007 podia-se escolher facilmente quem seria nosso coordenador para 2008, porque do estagiário ao gerente todos estavam convencidos de que jamais deixariam de ser alunos, inclusive o coordenador.
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