Diante deste cenário, frequentemente ocorrem os leilões de energia promovidos pelo Governo, estes trazem uma série de benefícios à população e à comunidade onde serão instalados os parques eólicos, como: redução de combustíveis fósseis, não emite gases poluentes e nem gera resíduos, geração de empregos, desenvolvimento tecnológico e oportunidade de desenvolvimento local.
Para a geração da energia eólica se faz necessária a manufatura dos aerogeradores e seus componentes. O processo de geração da energia elétrica a partir de fonte eólica é fomentado por intermédio do sol, visto que o vento é uma forma de energia solar resultante do aquecimento desuniforme da atmosfera pelo sol, as irregularidades da superfície da terra e a rotação do globo. Os aerogeradores transformam a energia cinética do vento em energia mecânica, esta energia mecânica é convertida por um gerador em energia elétrica. Para criar a eletricidade, a turbina trabalha em sentido contrário de um ventilador. O vento gira as pás que estão acopladas à nacele (considerado como um compartimento instalado no alto da torre dos aerogeradores eólicos, que abriga todos os componentes fundamentais para a produção de energia – como o gerador, a caixa de velocidades e o sistema de transmissão), que giram um eixo o qual é instalado a um gerador, produzindo eletricidade. Essa carga elétrica gerada é direcionada para uma estação de armazenamento, que funciona como um grande reservatório e então distribuída pela rede elétrica à população. (ABEEOLICA, 2015)
Cenário Eólico no Brasil
A fonte de energia limpa derivada dos ventos é conhecida há muitos anos. Incidem registros que na Pérsia, por volta de 200 a.C., ocorria a utilização deste tipo de energia para substituição de trabalhos braçais. Encontra-se na Europa, Ásia e algumas localidades no Brasil, parques eólicos para a geração de energia elétrica. (AMARANTE, 2001; OCÁCIA, 2002)
No Brasil, assim como aconteceu na Europa e Ásia, há o processo de industrialização e construção das usinas eólicas. Na figura 01, pode-se avaliar o ranking mundial em capacidade de geração de energia elétrica movida pelos ventos. No ano de 2014 o Brasil foi o 4° maior instalador mundial de energia eólica, com um acréscimo de 2,5 GW, e encontra-se na 10° colocação mundial, um avanço considerável se comparado com a 15° posição em 2012 e 13° posição em 2013. A tendência é estar entre os 5 principais países com capacidade instalada até 2023. (GWEC, 2014; ABEEOLICA, 2015)
Figura 01:Ranking Mundial 2014 da capacidade de geração de energia eólica em (GW)
Figure 01: World Ranking 2014 capacity of wind power generation (GW)
Fonte: ABEEólica, 2015
Aerogeradores
O Brasil dispõe de 8 diferentes fabricantes de aerogeradores que concorrem pela demanda: Alston (comprada pela GE), GE, Gamesa, Acciona, Weg, Vestas, Wobben e Seemens (ABDI, 2014). Diante da relação dos fabricantes, a Weg é a única empresa nacional com projetos norte-americanos tropicalizados; as demais são de origens espanhola e norte americana.
As empresas de venda de aerogeradores, no Brasil, trouxeram com elas a relação de produtos e demandas de suprimentos que já haviam em outros países. Naturalmente a importação destes insumos é tratada como uma das estratégias de suprimentos, visto que já possuíam os fornecedores homologados e os conheciam antes de aportar no Brasil.
Em contrapartida, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sanciona alguns pré-requisitos para os fabricantes poderem aderir ao programa de financiamento do governo brasileiro. Um dos pré-requisitos é a adesão ao conteúdo nacional com o desenvolvimento de fornecedoores locais e compra dos insumos destes fabricantes. O prazo para a finalização do programa de conteúdo nacional está datado pelo BNDES para 01/01/2016, com o mínimo de 70% do conteúdo nacional. (BNDES, 2015)
Apesar das demandas para geração de energia advinda dos ventos estarem em fase de ascensão, o fornecimento da cadeia de insumos de aerogeradores ainda não está consolidado no território nacional, e por conta disso novas estratégias de suprimentos são desenhadas e formuladas diariamente. Os fornecedores homologados estão sob avaliação diária dos serviços prestados. Novos fornecedores são abordados mediante as necessidades dos fabricantes em aumentar as demandas existentes, dividir a participação das demandas atuais entre os fornecedores, credenciar novas fontes de fornecimento ou mesmo otimizar os custos atuais dos produtos comprados. De acordo com as novas tecnologias e métodos diferenciados para a obtenção do mesmo produto com maior competitividade, isto se torna possível.
Estrutura do Aerogerador e Fixadores
Conforme mencionado pela ABDI, 2014, o aerogerador é composto por 7 grandes elementos, sendo eles: pás, cubo, eixo, caixa, gerador, nacele e torre.
A estrutura geral dos elementos que compõe os aerogeradores pode ser melhor entendida conforme segue a figura 02.
Figura 02: Componentes básicos de aerogeradores de eixo horizontal (em diferentes configurações)
Figura 02: Basic components of horizontal axis wind turbines (in different configurations)
A estrutura de um aerogerador demanda uma diversificada gama de fixadores. Entende-se como fixadores: parafusos, porcas, arruelas, prisioneiros, hastes roscadas e rebites. Suas aplicações vão desde os subcomponentes que compõem os elementos e equipamentos internos e subconjuntos da nacele, até aos componentes finais, como: chumbamento da base das torres, fixadores estruturais aplicados nas flanges das torres, fixadores das pás quais são acoplados à nacele e os fixadores estruturais da nacele.
A montagem dos aerogeradores nos parques eólicos é composta, dentre outros insumos, por fixadores. A seguir, evidencia-se separadamente por componentes, como é feita a aplicação dos fixadores na montagem dos elementos que compõe os aerogeradores.
A utilização dos elementos de fixação são atribuídos desde a fundação das torres. A fixação da base da torre tem o objetivo principal de deixar a torre estática, é a partir de onde serão montados os demais segmentos da torre, e os demais componentes que compõe o aerogerador. Conforme a figura 03, pode-se entender melhor onde são aplicados esses fixadores na base das torres eólicas.
Figura 03: Aplicação de Fixadores nas bases das torres eólicas
Figure 03 : Fastener application on the basis of wind towers
Dê uma forma sequencial, após a fixação da fundação da torre são acoplados os demais segmentos que compõe a torre. A união entre um segmento da torre e o outro é composta por fixadores (parafusos, porcas e arruelas) que são montados nas flanges entre um segmento e outro. Conforme ilustrado na figura 04, pode-se entender melhor como é feito esta montagem entre um segmento e outro pela flanges.