Persona
Um Brasil mais competitivo
Altas na China abrem oportunidades para produção nacional de fixadores
Prezado leitor, como teremos em breve as eleições é natural o sentimento de apreensão. Mas tenho razões e dados que indicam boas perspectivas para a indústria nacional, sobretudo porque estamos mais competitivos na comparação com a China.
Gigante em todos os sentidos, na China os problemas também são grandes, basta analisar que seus custos de produção subiram, inviabilizando produtos acabados chegarem ao Brasil no preço da matéria prima, como outrora.
Em janeiro de 2016 o fio-máquina 41 Cr4 Made in China custava US$ 380 CIF Brasil. Devido ao rigoroso controle antipoluente que o governo Chinês teve que implantar – após o acordo de Paris, em 2015 – muitas siderúrgicas operam com 50% de sua capacidade, gerando aumento significativo dos seus preços, desde Março de 2016. Isso levou ao preço atual de US$ 830 CIF Brasil. Além disso, muitas empresas chinesas de tratamento térmico e de superfície que funcionavam abaixo de condições mínimas foram fechadas, elevando ainda mais o custo final de fixadores e outros.
Sugiro uma consulta ao texto do Dr. Volker Lederer (presidente da EFDA, a Associação dos Distribuidores de Fixadores na Europa) colunista desta seção na edição de março (RP68). Ele cita que nas linhas de parafusos especiais os preços na Turquia e outros países da Europa Oriental já competem com os chineses.
Um ponto também relevante situa-se no frete, que antes estava em US$ 800; hoje está em US$ 2.800. Outro fator que reforça nossa produção doméstica vem do câmbio desvalorizado, principalmente em razão do aumento dos juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA.
Portanto, são essas as razões para crermos que nosso País importará menos e produzirá mais. Logicamente, o aumento da produção também se concretizará com a expansão do consumo interno.
Fernando Kai Jr.
Diretor Comercial da Chun Zu do Brasil