Organizado pela ChinaFastener.com e Suzhou No., a Global Fastener Industry CEO Summit 2017 foi realizada em Shanghai, China, durante a 7ª edição da Fastener Expo Shanghai, feira do setor fixação. Sob o tema "A estrutura global da indústria de fixadores sob o conservadorismo" o encontro ocorreu em junho, teve mais de 250 líderes e CEOs globais de associações e empresas do setor de fasteners (fixadores).
Na abertura o CEO da ChinaFastener.com, Yang Junfeng, disse que a economia global não cresceu tão rápido nos últimos anos. Europa, EUA e outras grandes economias estiveram inclinados ao conservadorismo e a velocidade de crescimento chinesa, que também esteve em redução. Yang disse que as empresas de fixadores fizeram algumas inovações em busca de adaptações. No entanto, todas as inovações, incluindo produtos, processo de fabricação foram criadas por pessoas, e são elas que compõem empresas, e não o armazenamento, as máquinas ou outras coisas sem vida. Diante dessas mudanças, as empresas têm que dinamizar o gerenciamento, tomar decisões e atrair talentos de olho no futuro. A velocidade da economia global está caindo, especialmente nos centros mais desenvolvidos.
Dominic Yin, presidente da Greater China Sustainable Development Global Alliance e presidente honorário do conselho da Hong Kong Screws & Fastener, palestrou sob o título "Desafios e Oportunidades de Negócios do Desenvolvimento Global de Fixadores". Yin abordou tendências de desenvolvimento, orientações neste setor desde a matéria-prima, manufatura, logística, armazenamento e outros, como operações compartilhadas, produção inteligente, gerenciamento automático, gerenciamento e modelos operacionais eficientes. Ele enfatizou que só em operações conjuntas poderíamos sobreviver e desenvolver em meio a essa intensa competição. A globalização é a tendência da indústria de fixadores, sendo que as empresas da China devem acompanhar a tendência global, se valorizar e se fortalecer.
Maior nação da América do Sul, o Brasil cresceu muito recentemente, mas sofre grave crise econômica. Fernando Martins, presidente do Sindicato das Indústrias de Fixadores (Sinpa), apresentou-nos uma análise no mercado brasileiro, fazendo comparações entre o Brasil e os principais países da América do Sul. Segundo ele, nos países em desenvolvimento como o Brasil, o grande problema se concentra no elevado desemprego e na necessidade de crescimento interno. Martins relata que os principais problemas deste setor são os "monopólios e oligopólios de matérias-primas”. Além disso, o ferramental produtivo é caro devido à alta tributação para importar.
O Sinpa tem atuado em auxílio ao setor, monitorando importações de parafusos e similares, assim como na busca por reduções na taxa de importação de insumos produtivos. “No Brasil buscamos mais transparência, esperando que o governo defina regras mais equilibradas para este mercado. Não buscamos maior proteção comercial”, concluiu Martins.
Em seguida, Gerd Koester, gerente de desenvolvimento de negócios da Ásia-Pacífico, palestrou sob o título "The Application Tendency of Automated Inspection in Fastener Industry". “O comportamento do mercado mudou e há fatores mais instáveis, com clientes com mais expectativas sobre a qualidade do produto. Portanto, o processo de fabricação deve ser reconfigurável e rastreável para diferentes usuários. É urgente nos transformarmos, atualizarmos os processos de fabricação e construirmos manufaturas digitalizadas. Usando a tecnologia digital para analisar os dados coletados e criar sistemas de inspeção automática para monitorar toda a produção, finalmente podemos tomar decisões mais balizadas. Além disso, inspeções automáticas podem proteger e ampliar a vida útil de ferramentas e máquinas, aumentar a produtividade, economizar energia, detectar falhas. A inspeção automática desempenhará papel vital na fabricação”, concluiu.
Com a chegada da indústria 4.0, a produção inteligente e a inteligência artificial estão recebendo mais atenção. Então, qual é a direção do desenvolvimento da indústria tradicional? Um dos maiores distribuidores mundiais de fixadores, a Bossard tem uma longa história de 186 anos e mais de 2100 funcionários. Suas vendas totalizam média anual de mais de US$ 733 milhões. O executivo Johnny Koh usou a Bossard como exemplo para explicar o impacto na cadeia de suprimentos por meio da indústria 4.0. Ele disse que a 4.0 poderia tornar a cadeia de suprimentos mais transparente, facilitar a interação entre clientes, logística, fornecedores, fábrica e armazenamento. Espera-se que ela revolucione o processo de projeto, operação, serviços globais e sistema de fabricação nos próximos cinco a dez anos. Isso poderá tornar os processos mais flexíveis, com maior velocidade e eficiência e qualidade.
Johnny sugeriu que as empresas criem sistemas de fabricação e armazenamento completos, automáticos e inteligentes, melhorem a qualidade dos produtos, concentrem- se em P&D de produtos como produtos ecológicos e mantenham suas mentes abertas, flexíveis e adaptáveis. Ao final, os presentes participaram de um jantar em navio de cruzeiro, as margens do rio Huangpu.