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Como foi a primeira edição da Expomafe
A nova feira do setor de máquinas, ferramentas e automação industrial passou longe de parecer apenas uma estreante
A segunda semana do mês de maio de 2017 já demonstrava muito vigor do ponto de vista econômico, algo abalado nos dias seguintes em que o mundo da política mais uma vez deu o seu “ar da desgraça”, opss... “ar da graça”. O calejado empresariado brasileiro continua enfrentando de tudo, tudo mesmo. Mas este é um tema para as outras mídias...
A edição 2017 da Expomafe – Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial, sediada pelo pavilhão São Paulo Expo - na rodovia dos Imigrantes, da capital paulistana - foi o ponto de apresentação de linhas de última geração em máquinas-ferramenta e automação industrial de 630 marcas nacionais e internacionais, divididos entre cerca de 400 expositores, atraindo empresários com olhos para a preparação dos seus parques industriais para o esperado ciclo de expansão da economia brasileira.
Para José Velloso, presidente-executivo da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, a feira aconteceu num momento importante de renovação do parque fabril. “A crise ficou para trás e, depois de quase três anos sem investimentos, os empresários sabem que precisam atualizar suas linhas para entrar na retomada com ganhos de produtividade e competitividade. A feira cumpriu essa função ao apresentar o que há de mais moderno para a indústria”, comentou.
Aqui destacamos alguns players com envolvimento médio e alto com a fixação, como a Amatools, através do seu CEO, João Piedade, presente pela primeira vez em nossas páginas. Seguido de turma da global OSG, com o CEO Toshi Yoshizaki que prepara uma ação sólida no fornecimento de ferramentas para confecção de rosca em fixadores, bem como sua linha de revestimento para ampliar a longevidade de ferramentas de conformação de parafusos. Isso se estende também à Wafios do Brasil, Rösler e a TOX Pressotechnik, especializada em rebitagem sem rebites, via processo denominado Clinch. Boa leitura.
Amatools
“Considerando a Expomafe como uma dissidência da Feimafe, ambas são do mesmo segmento, têm os mesmos custos, embora distantes apenas um mês. Nós da Amatools decidimos estar em ambas por acreditarmos não apenas em uma repetição, mas numa projeção ainda maior”, disse João Piedade, CEO da empresa. “Em ambas, oferecemos aos visitantes grande variedade e novidades, valendo destacar as talhadeiras e ponteiras manuais com e sem empunhadura, lâminas para roçadeiras, duas facas, três facas e lâmina com 80 dentes, raspador para rejuntes, alicate corta pisos azulejista. Em soldas temos os reguladores de oxigênio, acetileno, argônio, co² e GLP 13 e 45 kg, maçarico para solda e maçarico para corte, extensão para solda e bico de corte. Também dispomos de filtros reguladores de ar, jogos de machos WS. Na linha Proteplus (EPI´s) lançamos as luvas Tatplus, utilizadas nas oficinas mecânicas e outras, devido à ótima sensibilidade de tato, e a luva de fibra de vidro c/ banho de poliuretano (anti-corte), excelente para quem trabalha com chapas, vidros, construção civil etc.”, concluiu Piedade.
M.Shimizu
Empresa 100% nacional, atuante em processos que envolvem pesquisa, desenvolvimento e fabricação de maquinas e equipamentos para sistemas de aperto com total rastreabilidade, a M.Shimizu Elétrica e Pneumática marcou sua presença institucional na Expomafe, mas também trouxe novidades. O evento marcou a apresentação de uma ferramenta patenteada para aplicação de borrachas nas laterais de autos leves a pesados, ainda na linha de montagem, mas se trata de algo a ser pensado também ao aftermarket. A principal virtude do equipamento é manter as partes fixadas com pressão uniforme, não importando se são duas ou mais chapas. Segundo CEO da CIA, Luiz Mitsuru Shimizu, o equipamento já foi vendido para algumas montadoras. “Aqui também estamos consolidando as linhas de torquímetros totalmente nacionais, fruto de uma parceria entre a Systek Tecnologia (hardware) e o especialista em sistemas de fixação Rubens Cioto (software BCT)”, concluiu Shimizu.
Rösler Otec
“Entre as linhas expostas em nosso estande, vale destaque para equipamentos destinados às indústrias que lidam com elevados níveis de resíduos oleosos. São produtos mais sintonizados com a modernidade, bem como em relação às normas ambientais, em oposição a usos arcaicos, como redução de presença oleosa por meio de serragem e similares. Nossa impressão sobre a Expomafe foi boa. Muitos projetos que estavam congelados voltaram à pauta. Tivemos muitas visitas de interessados em busca de melhoraria em seus processos produtivos. Quanto aos produtos para a indústria de fixadores, destacamos os equipamentos de jateamento para Shot Peening de elementos de fixação e os sistemas (vibradores ou turbos) de rebarbação e polimento”, relatou Edson José Silva, engenheiro de vendas.
TOX Pressotechnik
Empresa alemã com mais de 40 anos de atuação, estando há 17 anos em “terras brasilis”, em Joinville, SC, onde operam com 80 colaboradores. Na feira conversamos com o gerente de produto, Célio Liermann. “Nosso core business está em atuadores de força hidro, pneumático e elétrico, bem como tecnologia de prensagem e montagem com inserção de porcas, parafusos, buchas. Em suma, fornecemos os atuadores para esses processos, ou a solução completa, com a prensa a célula e outros. Em nosso escopo se inclui a união a frio de chapas, também conhecido como ‘Clinch’, com multiutilização que se estende a linhas de montagem automobilística, por exemplo, em capôs, portas e outros pontos com união de chapas, mas isso se estende às linhas brancas e nos produtos ao setor agro. O mercado automotivo, incluindo as autopeças, compõem 80% do mercado da TOX. A demanda de cravação de porcas e parafusos tem aumentado muito nos últimos anos. Anteriormente esses itens eram soldados nos corpos, mas o processo de prensagem tem sido destino de migração dessa tecnologia. Isso pode ser notado na porta do Golf e do UP, ambos Volkswagen”, concluiu Célio Liermann.
Wafios
De acordo com Hermes Schaffer, nas linhas Wafios de pentes para laminação de rosca a aposta está em novos equipamentos que a unidade brasileira está recebendo. Nossos clientes ganharão em qualidade. O preço se dilui quando o cliente opera com equipamentos que geram produtividade com longevidade. Mas isso também se estende ao produto final, ou seja um parafuso no estado da arte. A empresa tem capacidade para produção mensal de 800 pares de pentes. Dentro do evento, a Wafios teve maior amplitude em suas máquinas para arames, onde ela é mais atuante.
OSG
Sulamericana Na feira tivemos o privilégio de conversar Toshi Yoshizaki, um japonês com um português impecável. Presidente das unidades OSG do Brasil e do México, Yoshizaki está em sua quinta passagem por aqui, como uma atuação acumulada de 23 anos no México. Entre as nações suas viagens são quase mensais, ainda mais agora em que a empresa se encontra em processo de acelerado de nacionalização de itens. “Nas linhas que fornecemos ao setor de fixação, estamos nacionalizando ferramentas de rosqueamento interno, como no caso dos machos para porcas. Já dispomos em nossa unidade industrial, em Bragança Paulista, SP, de dois fornos. Essas ações também se estendem ao rosqueamento externo, no caso as linhas de pentes, rolos laminadores e rolos setor, muito embora alguns desses itens ainda provém de nossas unidades do Japão e EUA”, concluiu. O executivo destacou a ação OSG como fornecedora de revestimento ferramental para conformação de parafusos e similares. Essa linha promete altos níveis de longevidade em ferramentas de conformação a frio. Sobre o Brasil, Yoshizaki aposta num processo de recuperação com ciclo de 5 anos.
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